Com aval de clubes, CBV altera o regulamento da Superliga por medidas mais rígidas contra o racismo

Foto: Carlos Júnior

Com o aval de 35 clubes, entre eles o Joinville Vôlei, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) alterou, nesta semana, os regulamentos das Superligas A e B para tornar mais duras as penalizações em casos de atos discriminatórios. Na última partida em casa, os torcedores ouviram o manifesto contra o racismo no Centreventos Cau Hansen, ação que se repetirá nos jogos do Joinville Vôlei.

Entre as principais mudanças, a infração por ação discriminatória passa a ser considerada gravíssima. O clube mandante ainda fica sujeito a receber sanções que incluem multa, perda de três pontos, suspensão, perda de mando e eliminação da competição.

Favorável a decisão, o Joinville Vôlei vai incorporar as mudanças nas suas partidas em casa. Segundo o vice-presidente, Rodrigo Triches, na próxima partida contra o Montes Claros América (MG) no sábado (10) o clube deve seguir com ações de conscientização.

– Como já foi feito no último jogo, ler o manifesto no intervalo, os jogadores vão entrar com uma faixa falando sobre o racismo e usar as redes sociais, com certeza – afirmou Triches.

Elogio aos torcedores

Parte importante para que casos de racismo não aconteçam durante os jogos, a torcida joinvilense foi motivo de elogios por parte de Triches.

– A gente não tem um caso, um histórico, um relato sequer de que houve alguma situação parecida com isso (racismo) em Joinville. Não tenho medo de errar pelo tempo que eu tenho de vôlei, que nós temos a melhor torcida do Brasil, a torcida mais engajada, mais parceira. Joinville, graças a Deus não passou por isso. Mas não custa participar dessas ações porque só quem passa por uma situação de racismo sabe o constragimento que isso trás. Vamos aderir, vamos participar e só tenho que enaltecer que nossa torcida não tem sequer um relato com relação a isso – enfatizou.

Na mudança do regulamento, se o torcedor que praticar algum ato discriminatório for devidamente identificado, serão aplicadas penalidades administrativas ao clube em caso de reincidência ou se ficar configurada a omissão do clube no apoio à identificação do torcedor.

Texto: Jota Amaral