O torcedor já percebeu: o Joinville vive um novo momento após as consecutivas decepções dos últimos anos. Em cinco jogos no Campeonato Catarinense, o Tricolor venceu três e perdeu duas – fora de casa e com possibilidades reais de vitória. Mas além dos resultados, que colocam o Coelho hoje na 4ª colocação do campeonato com apenas um pontos atrás dos líderes Figueirense, Brusque e Marcílio, a maneira que o time tem se entregado em campo tem feito a torcida novamente se identificar com o clube.
Essa atmosfera contagia. E hoje, diretoria, elenco e torcedores parecem estar na mesma sintonia. Ema prova disso são as entrevistas do lateral Edson Ratinho e do goleiro Ivan, após a vitória de virada e com um jogador a menos do Joinville sobre o Juventus, fora de casa, no último sábado.
Emocionado, Ratinho lembrou o período (oito meses) que ficou sem jogar futebol, de como tem tentado contribuir também fora de campo e da torcida que novamente o abraçou.
– Jogar bola todo mundo sabe, mas identificação com o clube são poucos. Tem muitos querendo vestir essa camisa aqui, mas nem todos têm essa honra. Então, assim, eu venho falando pra eles (jogadores): vamos criar uma identidade. O nosso torcedor é sacanagem, pô! Se lembrar de 2014 quem não se emociona?! Então eu vou entrar no campo e vou dar a minha vida por vocês. É isso que é o Joinville, que passou por toda essa dificuldade, mas a gente vai resgatar – concluiu.
Ainda contagiado pelo resultado obtido dentro de campo, Ivan também não escondeu a emoção. Assim como Ratinho, o arqueiro ficou um longo período afastado dos gramados e recebeu do JEC uma oportunidade de retomar a carreira. Em declaração à Rádio Máxima(FM 96,7), o camisa 1 desabafou e mandou um recado à nação tricolor.
– Estou muito orgulhoso dos nossos companheiros, cara. Não só pelo jogo de hoje, mas pelo campeonato que estamos fazendo. Mesmo nas derrotas, perdemos lutando, nos entregando… Cara, o que essa diretoria tem feito é das triplas ao coração. Eles têm feito tudo pra gente ter o mínimo, e dedicamos essa vitória a eles também. E essa torcida?! É bonita demais. Eu não entendo como deixaram o clube chegar a essa situação. Um clube tão grande, com uma história tão bonita… Mas eu estou de volta e tem pessoas que amam esse clube que estão de volta. E a gente vai se entregar. Pelo menos o orgulho de ser jequeano vamos devolver a esse torcedor.
– OUÇA AS ENTREVISTAS DE EDSON RATINHO E IVAN:
Texto: Thiago Borges
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