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Campeonato Catarinense

“Vamos até o fim por justiça”, diz presidente do JEC sobre o caso Hercílio Luz

O Joinville promoveu uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (15) para dar esclarecimentos sobre o posicionamento do clube envolvendo supostas irregularidades de jogadores do Hercílio Luz no Campeonato Catarinense. Com presença do presidente Darthanhan de Oliveira e do gerente jurídico Roberto Pugliese Júnior, o Tricolor se mostrou firme sobre o caso.

– Tem gente dizendo que isso vai manchar o campeonato. Manchar o campeonato é fazer o que não tem que ser feito. Existe um regulamento que todos os clubes assinaram, cientes. O Joinville vai até o fim nesse caso, para que ele seja levado a julgamento e seja feita justiça – afirmou Darthanhan de Oliveira.

Desde que a notícia envolvendo até cinco atletas do Leão do Sul com contratos inativos no sistema da CBF – ou seja, não regularizados no BID – e relacionados no Estadual veio à tona, nesta terça-feira, vários questionamentos à cerca do caso ganharam notoriedade. O time de Tubarão se posicionou dizendo que foi “um erro de sistema” na migração dos contratos quando o clube passou a ser SAF, em fevereiro.

Porém, o artigo 22 do Regulamento Geral de Competições da FCF diz que “somente poderão atuar os atletas profissionais registrados por seu clube (…) devidamente publicados no Boletim Informativo Diário (BID) daquela Confederação, bem como que constarem na Ficha de Inscrição de Atletas no Departamento de Competições da FCF, até um dia útil antes da partida em que o atleta for atuar”.

O presidente do JEC reforçou esse trecho do documento para defender a tese de irregularidade do time hercilista.

– Não estar no BID, independente de quem seja o erro, do clube, da Federação, da CBF, o jogador não está apto para jogar. Esse o ponto que infringe o regulamento.

Darthanhan de Oliveira e Dr. Roberto Pugliese Jr. em coletiva nesta quarta-feira — Foto: Gustavo Mejía/JEC

De acordo com cálculos do Joinville, o Hercílio Luz poderia perder mais de 30 pontos pela suposta irregularidade, explica o Dr. Roberto Pugliese. Com a perda, naturalmente o Tricolor se beneficiaria da situação, herdando a última vaga para as quartas de final e se classificando para a Série D.

– Na nossa conta seriam 34 pontos ou algo próximo disso. Pode se discutir, porque tem três jogadores numa condição, quatro em outra, então pode ser mais ou menos. Mas independe de 10 ou 30, é algo que se discute assim que levado à julgamento – disse o advogado.

Para ser levado a julgamento, o Hercílio Luz tem que ser denunciado no Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina. O procurador-geral da entidade Mário César Bertoncini analisa o caso e aguarda esclarecimentos da CBF para tomar uma decisão sobre o processo. Se não houver denuncia da Procuradoria, outro procurador pode assim fazer.

– Se não houver a denuncia, vamos buscar outras esferas porque há, sim, interesse do Joinville. Não vou citar nomes aqui, mas outros clubes procuraram o Joinville e manifestaram interesse em assinar e acompanhar o JEC nesse caso – revelou o Dr. Pugliese.

Enquanto não ocorrem outras manifestações, nem de clubes, nem de Federação Catarinense de Futebol, o Joinville se vê numa luta solitária. Mas se respalda em leis e no regulamento da competição para exigir punição.

– Fica claro que é melhor ficar assim, né. Pela Federação, pelo calendário comercial, pela Procuradoria, pelo clube. Mas acredito que essa decisão não vai ficar com ele (procurador-geral). Que ele leve, sim, ao colegiado para decisão final – concluiu Darthanhan de Oliveira.

Texto: Thiago Borges

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