Os incidentes no empate entre Joinville e Chapecoense, pela oitava rodada do Campeonato Catarinense, ganharam um novo capítulo nesta terça-feira. Relatados pelo árbitro Luiz Augusto Silveira Tisne em súmula, quatro pessoas ligadas ao JEC foram denunciadas e punidas, em julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina. Além disso, o clube foi multado. O departamento jurídico do Tricolor vai recorrer da decisão.
O diretor de patrimônio Jonathan Cidral e o executivo de futebol Ricardo Montoro pegaram suspensões de 60 e 80 dias — respectivamente — com base nos artigos 258 (desrespeitar os membros da equipe de arbitragem ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões) e 258-B (invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou o local da partida, prova ou equivalente, durante sua realização, inclusive no intervalo regulamentar) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Já Yan Pedro, do departamento de comunicação, e William Patrick da Maia, supervisor das categorias de base, receberam 30 dias de gancho, com amparo no artigo 258. As punições valem a partir desta quarta-feira, afastamento os profissionais de suas atividades oficiais em dias jogo.
Por fim, o JEC ainda foi multado em R$ 3 mil, “em virtude da reincidência”, segundo decisão da comissão disciplinar do TJD.
As penalidades cabem recurso e o departamento jurídico do Tricolor vai recorrer de todas as decisões ao TJD-SC. O prazo para tal medida, porém, ainda não está aberto.
Na partida em questão, o Tricolor teve um gol legal anulado pelo assistente Alexandre de Medeiros Lodetti e a diretoria do clube se queixou de um pênalti não marcado no primeiro tempo. O auxiliar está afastado desde então e o árbitro receberia uma punição interna por desrespeitar dirigentes e o clube na saída do campo.
Texto: Thiago Borges