O departamento jurídico do Joinville terá outro sério problema para resolver nos próximos dias. Na última quinta-feira, a advogada da Soeth Lavanderia Limitada, Nagssa Hiromy Fukuhara, acionou a 5ª Vara Cível de Joinville para solicitar judicialmente a execução da dívida do Tricolor de R$ 119.899,50. O valor está acrescido de multa de 10% (por não cumprimento de acordo), além de juros e correção monetária. A decisão da Soeth de buscar a Justiça aconteceu porque o JEC não fez os pagamentos acordados no ano passado.
De acordo com o processo, o Joinville devia R$ 107 mil à Soeth. Por meio de uma confissão de dívida, o Tricolor, representado pelo seu presidente, Vilfred Schapitz, aceitou quitar a dívida a partir de outubro de 2018 em 19 parcelas – três parcelas de R$ 4 mil, seis parcelas de R$ 5 mil, seis parcelas de R$ 6 mil, três parcelas de R$ 7 mil e uma parcela de R$ 8 mil. No entanto, o JEC não fez nenhum pagamento desde o vencimento da primeira parcela, em 20 de outubro.
A confissão de dívida previa que, em caso de não pagamento de três parcelas, o débito seria executado de forma integral, com multa de 10% além de juros e correção monetária. A advogada da Soeth afirma no processo que procurou o Joinville para resolver as pendências, no entanto, sem sucesso, buscou a Justiça para que a dívidao seja executada.
Na última sexta-feira, os documentos ficaram prontos para despacho, ou seja, nos próximos dias o JEC será notificado judicialmente. Como há uma confissão dívida assinada pelo clube (que previa esta punição em caso de não pagamento), é muito provável que o juiz da 5ª Vara Cível, Edson Luiz de Oliveira, acate o pedido da Soeth.
O que houve?
A grande dúvida do caso é entender o porquê de o Joinville não ter realizado os pagamentos, que eram pequenos e, na prática, mais fáceis de ser realizados do que quitar a dívida integralmente, como deverá acontecer agora. O colunista procurou a diretoria tricolor para buscar respostas para este erro administrativo.
O diretor jurídico José Acácio Piccinini disse desconhecer o caso. Segundo ele, os acordos celebrados extrajudicialmente (como este, com confissão de dívida) normalmente não passam pelo departamento jurídico. Piccinini desconhecia também a ação da Soeth e os motivos pelos quais não foram feitos os pagamentos.
O diretor financeiro Alexandre Poleza foi outro a afirmar que não tinha conhecimento desta dívida nem mesmo do acordo celebrado para pagamentos a partir de outubro do ano passado. Ao colunista, alegou que estes parcelamentos geralmente passam pelo departamento jurídico e pelo presidente Vilfred Schapitz. Segundo Poleza, como ele não recebeu a comunicação de que deveriam ser feitos os pagamentos, houve este problema.
O presidente Vilfred Schapitz foi procurado pelo colunista, mas não atendeu a ligação – nesta segunda-feira, o sogro de Vilfred, Lídio Teixeira, faleceu. O sepultamento ocorrerá nesta terça. Neste período, o dirigente não tem atendido a imprensa.
Texto: Elton Carvalho
Foto: José Carlos Forner, JEC.com.br
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