Em entrevista ao programa Sport News, da Jovem Pan AM 1250, nesta quarta-feira, Alexandre Poleza, diretor financeiro do Joinville Esporte Clube, foi questionado sobre a situação que envolve o direito de recebimento do valor da venda do volante Anselmo, que aconteceu em junho do ano passado.
O Colorado negociou o jogador ao Al Wehda, da Arábia Saudita, por 3 milhões de euros. Deste valor, 35% pertenciam ao JEC. O Inter chegou a pagar mais de R$ 900 mil no ano passado, mas combinou o pagamento de outros R$ 1,7 milhão em 16 parcelas de R$ 93 mil a partir de janeiro deste ano.
De acordo com o diretor, o Internacional depositou o pagamento com atraso dos meses de janeiro e fevereiro, ultrapassando o limite de carência de 30 dias que existe no contrato, além do valor referente ao mês de março que ainda não foi pago.
“Esse acordo já deveria ser pago antes, a gente flexibilizou, mesmo assim o Inter não cumpriu a parte deles, então é bem provável que a gente tenha que acionar nosso jurídico para buscar nossos direitos via CBF ou outro órgão”, disse o diretor
Em fevereiro, a reunião do conselho deliberativo teve o assunto como pauta, mas na ocasião, o Tricolor não acionou o Internacional na justiça.
“Eu tenho contato direto com a diretoria financeira do Inter, então é claro que a gente procura sempre fazer contato com eles para estar administrando essa situação. O que eles no passam é que houve uma mudança na cota de TV deste ano dos clube de Série A e estão com uma dificuldade no fluxo de caixa neste primeiro semestre”, respondeu Poleza questionado se o Internacional havia dado um parecer ao JEC sobre os atrasos
Eliminado da Copa do Brasil, competição que traz um retorno financeiro considerável e, com dezenas de ações judiciais, o JEC depende do valor do volante para administrar a delicada situação financeira do clube.
Texto: Gustavo Mejía
Foto: Ricardo Duarte/Inter