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Flavinho Júnior dispara: “Se fala muito em falta de recursos, mas se gasta muito mal”

Foto: JEC/Divulgação

O ex-Diretor de Comunicação do Joinville Esporte Clube, Flavinho Júnior, segue na pauta do dia do clube. Depois de publicar carta de renúncia para imprensa na manhã desta segunda-feira, 8, ele concedeu entrevista ao programa Alerta 47 do portal Aconteceu em Joinville no final da tarde de hoje e o tema não podia ser diferente: os motivos para a sua saída da gestão do clube.

Durante o programa apresentado por Eduardo Lima, o ex-diretor explicou os principais motivos que o levaram a sair da atual diretoria do Tricolor, juntamente com Murilo Schmitz e Alexander Vicenzi. Ele afirmou que apostou nas  ideias apresentadas pelo grupo que atualmente comanda o clube acreditando que o projeto levaria o Joinville para outros rumos.

Porém, as discordâncias, segundo Flavinho, começaram antes mesmo do início do campeonato estadual, quando foi definida a contratação de Ricardo Montoro para assumir o futebol do JEC. Ainda que ele não tivesse gerência sobre a área esportiva, afirmou que tinha restrições com relação ao nome de Montoro, que também já deixou o clube.

– Na minha opinião o cargo mais importante de um time de futebol é o diretor, o cara que vai montar o elenco. O Joinville só tem um produto chamado futebol. Se você não sabe vende e fazer o futebol, você não sabe fazer nada. De nada adianta campanha de marketing, Joga Junto, recuperação de conta do Instagram, tudo que o setor de marketing e comunicação fez, se o time em campo não executa – afirmou durante a entrevista.

Flavinho disse ainda que não era o momento da chegada de Montoro. “Um executivo que nunca fez nada pelo futebol, nunca apresentou um grande resultado. Claro, ele tá no início de carreira. Era hora de investir 30, 40, 50 mil reais. Você investe no celular dele, nos contatos que ele tem, qual o jogador que ele tem, porque o celular dele é o que mais vale”.

“O presidente: não, não, não”

Com o fim do estadual sem o resultado esportivo esperado, o ex-diretor disse que era preciso oferecer alternativas para além do futebol, com eventos que mantivessem o torcedor próximo do clube. Neste ponto, Flavinho afirma que só ouviu negativas do presidente, Darthanhan de Oliveira.

– Uma corrida, uma Stammtisch, uma feijoada, o presidente: ‘Não, não, não, não…’ Poxa, mas o que me vendeu lá atrás era: ‘Sim, sim, sim’. Aí nos ficamos no ar com um produto PodCast do JEC, acho que dois ou três meses, acabou o campeonato ele disse: ‘Corta. Isso é custo, corta. Isso é custo, corta’. Mas aí não é custo pagar cinco mil reais para um funcionário que está lá encostado dentro do CT fazendo textinho, fazendo nota. Infelizmente o presidente foi por um caminho e a gente foi por outro, completamente diferente. E várias muitas coisas aconteceram dentro do Joinville, coisas absurdas, se fala muito em falta de recursos, mas se gasta muito mal – disparou durante o programa.

Cobrança de royalties

Ainda durante o Alerta 47, entrou no debate um assunto que tem aparecido nos debates do clube é a possível cobrança de royalties que o Joinville faria de modalidades parceiras, entre elas do futsal. O ex-membro da cúpula do Tricolor afirmou que chegou a ouvir do presidente do clube que o JEC deveria cobrar a taxa.

– Eu fiquei muito indignado de a gente entrar numa sala de diretoria e o presidente olhar e falar bem assim: ‘a gente precisa royalties de quem anda com a camisa e usa o escudo do Joinville Esporte Clube’. O assunto nasceu morto, porque querem cobrar royalties da Krona, que eleva o nome do Joinville. E detalhe, é a mesma instituição e parece que são dois produtos distintos e os dois produtos competem, eles ficam se degladiando – afirmou, Flavinho.

Com relação ao futsal, Flavinho ainda disse que a gestão Valdecir Kortmann segue um caminho diferente do que se quer fazer no campo. “Depois ele fez o espetáculo, primeiro ele fez o time. O Joinville (campo) quer fazer o contrário. Primeiro ele quer fazer o espetáculo antes de ter um time. Não tem como. É completamente controverso”, concluiu.

Sobre a cobrança, no final da tarde desta segunda, o presidente do clube afirmou em vídeo publicado nas redes sociais do clube que ela não procede. Segundo Darthanhan, “isso é uma fake news”. Ele afirmou que o Joinville pretende reorganizar a relação do clube com essas modalidades.

– São muitas: futebol feminino, futebol americano, futebol de areia, Fut7, entre outras. Todas elas com grandes resultados, mas que nós chamaremos para conversar, para reorganizar e padronizar essa utilização, esse é o intuito. E no futsal, especificamente, do JEC/Krona Futsal, que também foi o grande ponto da polêmica, o futsal é uma modalidade diferente das outras que eu citei, que pertence ao estatudo do JEC. Ela ela faz parte do JEC, e obviamente essa parceria tem que ser potencializada, baseada nos excelentes resultados que a modalidade vem conseguindo ao longo dos anos – afirmou o presidente.

Texto: Jota Amaral

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