No começo desta semana, o Joinville Vôlei anunciou os primeiros reforços da equipe para sua temporada de estreia na Superliga A, a elite do voleibol brasileiro. Em entrevista exclusiva para o Esporte Joinville, Giovane Gávio comentou sobre a conquista da Superliga B, as renovações e chegadas, além de falar sobre a relação com a torcida e com a cidade.
Quando o assunto são as contratações, conforme publicado na reportagem do EJ aqui, o clube deverá contar com a chegada do líbero Tiago Brendle, do ponteiro Leozinho, do levantador Resley, do ponteiro Henrique Honorato e do central Michel Saraiva.
Outras peças devem chegar para compor o elenco, entre elas o central Thales Falcão e o ponteiro Lima, ainda não anunciados oficialmente pelo clube. Certo é que todos estes atletas serão treinados pelo técnico Pedro Uehara, o Peu. O clube também caminha para confirmar a renovação da comissão técnica. Entre todas as movimentações, não fogem da agenda do presidente Giovane Gávio as conversas com os patrocinadores, pensando na próxima temporada que tem um objetivo claro: estar entre os seis melhores times da competição.
– Superliga A é uma outra história. São muito mais jogos, é um campeonato que exige muito mais do time, uma quantidade de jogos muito maior. Então a gente está planejando agora, primeiro, as conversas com os patrocinadores para renovarmos os contratos e também com os jogadores para montarmos uma equipe competitiva. Estamos planejando um bom orçamento, mas ainda tem limitações. Por isso temos que fazer esse trabalho de procura de atletas e negociação muito bem feito para ter o melhor time que a gente pode com o dinheiro que a gente tem. Nosso objetivo é estar entre os seis melhores times da Superliga e vamos trabalhar para isso – comentou Giovane.
Com o desafio de montar o quebra-cabeças, Giovane reconhece a importância da manutenção de alguns atletas que fizeram parte deste primeiro ciclo de trabalho. Seis deles tiveram seus vínculos estendidos: o líbero Felipinho, os opostos Wallaf e Bisset, o central Glauber, o levantador Cesinha e o ponteiro Gui Hage.
Pilares fundamentais
Ao avaliar a campanha do título da Superliga B, Giovane reconhece o sucesso neste primeiros nove meses de trabalho. O presidente do Joinville Vôlei ressalta que os resultados e a própria conquista acabam coroando o vitorioso projeto, mas sem esquecer de um outro pilar fundamental que contribuiu para alcançar os objetivos: a torcida.
– O ponto alto na minha foram os torcedores que compareceram, fizeram a parte deles e trouxeram para a gente, realmente, uma joia, um presente, vamos dizer assim, fantástico. Poder jogar com casa cheia, com aquele ambiente, com aquela atmosfera é tudo bom – afimou.
Com uma média de público na casa de dois mil torcedores por jogo no Centreventos Cau Hansen durante a Superliga B, a direção do clube avalia formas de criar uma maior aproximação com o público joinvilense, gerando uma identificação ainda maior entre cidade e time.
– A gente precisa construir ainda mais evoluir ainda mais relações, ainda mais oportunidades com eles (torcida). E tenho certeza que isso vai acontecer. Estamos pensando em construir algumas coisas interessantes para retribuir todo esse carinho que recebemos. Mas, sem dúvida, o esforço dentro de quadra, o trabalho, a dedicação, a garra dos jogadores vão contribuir para que essa paixão continue alta e, até, aumente mais – disse Giovane.
Projeto Social
Outro tema sensível que o clube trabalha para o próximo ciclo está na área social. Quando do anúncio do clube em meados de 2022, havia um desejo do próprio Giovane de criar um projeto social na cidade focado na iniciação esportiva no voleibol. Agora, o sonho está prestes a sair do papel.
– É um desdobramento agora que é o projeto social que estamos montando em parceria com a Prefeitura. Nossos próximos dias teremos reuniões para alinhar quais o núcleos que irão participar e até o final de abril quero estar com isto definido para, no começo de maio, lançarmos o projeto social do Joinville Vôlei – completou.
A temporada do clube só deve ter início oficial após o final da Superliga A 2022/2023, que está nas fases finais. Enquanto os trabalhos não recomeçam, o clube deve seguir nos esforços para a montagem do elenco e atuando para desenvolver os demais projetos.
Texto: Jota Amaral