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Após 12 anos, Seleção Brasileira de Futsal vai à final da Copa do Mundo com joinvilense no comando

Foto: Leto Ribas/CBF

A Seleção Brasileira de Futsal vai disputar a final da Copa do Mundo contra a Argentina no próximo domingo (6) , às 12h (horário de Brasília), na Humo Arena, em Tashkent, no Uzbequistão. Será a primeira vez clássico sul-americano em uma decisão da competição. O Brasil garantiu a classificação nesta quarta-feira (2) e a os vizinhos sul-americanos avançaram na manhã desta quinta ao vencer a França.

Após 12 anos de fora de uma final de mundial, a Seleção Brasileira conseguiu a classificação. Após passar com 100% de aproveitamento da fase de grupos, que tinha também Tailândia, Cuba e Croácia, os brasileiros pegaram a Costa Rica nas oitavas de final e venceram por 5 a 0.

Nas quartas, o Brasil enfrentou Marrocos e venceu por 3 a 1. O jogo mais duro da trajetória até a final foi a semi. Contra a Ucrânia, o Brasil saiu atrás do placar, conseguiu virar o jogo para 2 a 1, mas os ucranianos buscaram o empate. No final do jogo, em cobrança de tiro livre, a Seleção marcou e segurou o placar de 3 a 2 até o final.

O feito brasileiro tem a participação direta de um joinvilense: Marquinhos Xavier. Ao 50 anos, além de técnico, Marquinhos é Mestre e Doutor em Ciências do Movimento Humano, Escritor e Palestrante. Na partida contra a Croácia alcançou a marca de 100 jogos no comando da amarelinha, destacando que a campanha no mundial “são os sete jogos mais importantes desse ciclo todo”. Agora classificado para a final, ele ressaltou a garra da equipe.

– Essa Seleção Brasileira tem demonstrado que as pessoas querem olhar para dentro da quadra e se sentirem representadas, para dizer assim: ‘Esse é o povo brasileiro, que acorda cedo, que trabalha, que rala, que disputa e que não desiste nunca.’ A imagem da Seleção é a que o torcedor quer ver. Estou muito feliz de dar isso de presente a todos os brasileiros – afimou em entrevista ao canal da FIFA.

O espírito de luta destacado por Marquinhos Xavier diante da Ucrânica foi visto na primeira partida em que o Brasil precisou virar o placar nesta Copa do Mundo. A Seleção chegou à semifinal sem ter ficado em desvantagem por um segundo sequer na competição.

– Não sei explicar a magnitude e a importância disso tudo. É realmente muito grande. Estamos em um trabalho difícil, longo. Conseguimos ir à semifinal no Mundial passado (em 2021) e hoje estamos na final. Reforça tudo aquilo que viemos conversando ao longo da semana. O individual impressiona, mas é o coletivo que transforma – disse.

Marquinhos Xavier em ação comandando a Seleção na Copa do Mundo 2024 (Foto: Leto Ribas/CBF)

Sobre a final

Marquinhos Xavier analisou o confronto e destacou a importância da rivalidade, destacando o equilíbrio da partida diante dos argentinos no próximo domingo.

– Duas equipes que se conhecem muito, que se enfrentam com muita frequência em competições importantes. São sul-americanos, mas possuem particularidades que as diferenciam. É um confronto de campeões mundiais e o favoritismo está bem dividido – afirmou.

Para o treinador, a imprevisibilidade será um dos componentes que pode decidir a partida. “Será, sem dúvida, mais um grande jogo com requintes de muita imprevisibilidade”, completou. O último encontro entre as duas equipes foi em 2024, na final da Copa América. A Seleção Brasileira foi campeã depois de vencer a partida por 2 a 0. Gols de Pito e Rafa.

Trajetória

Marquinhos começou a carreira como atleta passando pelo time catarinense da ADC Colegial e pelas equipes gaúchas da Unisel e da Rochemback ASF. Em 2005, começou a atuar como treinador no futsal paranaense, esteve na Itália, mas só ganhou destaque no cenário nacional a partir de 2009, comandando a Copagril, de Marechal Cândido Rondon (PR). Foram cinco temporadas, com 212 vitórias em 378 jogos, sendo a primeira equipe paranaense a disputar uma final da Liga Nacional, em 2010, mas acabou derrotado na final.

No Carlos Barbosa foram cinco temporadas em meia com inúmeros títulos conquistados, entre LNF, Libertadores, Copa do Brasil. Ainda no comando da equipe gaúcha iniciou a trajetória no comando da Seleção em 2017. Com a equipe nacional venceu o Grand Prix de Futsal de 2018 e Liga Sul-Americana de Futsal de 2017 e 2018 e a Copa América 2024. Chega a sua segunda Copa do Mundo, depois de ser eliminado pelo adversário da final do próximo domingo nas semifinais em 2021, terminando a competição na terceira colocação.

Ao lado de Marquinhos, outros nomes que compõem a seleção na Copa do Mundo marcaram o futsal joinvilense. Na equipe estão o goleiro Willian Dorn, eleito recentemente pela revista Futsal Planet o melhor arqueiro do mundo em 2023 na modalidade, quando ainda defendia o JEC/Krona. Além dele, outros dois profissionais que passaram pelo Tricolor estão na comissão técnica: Fred Antunes, preparador de goleiros, e João Carlos Romano, preparador físico. Ainda passaram pela cidade Ferrão, em 2007, e Dyego, em 2013.

Da redação.

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