O esporte joinvilense está de luto. O ex-árbitro Ideraldo Luiz Marcos, popularmente conhecido como Neco, considerado o árbitro número 1 do futsal entre a década de 90 e 2000, morreu nesta quinta-feira (16), aos 62 anos, em Joinville. Ele sofria com problemas renais e não resistiu a complicações da doença, que o acompanhava nos últimos anos.
Neco deu entrada no hospital Dona Helena há aproximadamente 20 dias. O árbitro chegou precisar passar por procedimentos cirúrgicos e ser sedado na UTI. O estado de saúde dele agravou na última semana, devido a uma infecção e baixa pressão arterial.
Criado no bairro Itaum, Ideraldo Luiz Marcos despertou a paixão pelo esporte ainda na juventude. Formado em educação física, o garoto da Zona Sul teve a grande primeira oportunidade profissional como auxiliar técnico do JEC entre os anos 80 a 85.
Mas o sucesso mesmo veio nas quadras, com o apito na mão. Ideraldo Luiz Marcos apitou quatro finais seguidas da Liga Nacional de Futsal, em 1998, 99, 2000 e 2001. “O dia mais feliz e também o mais triste de minha vida foi na final entre Miécimo (RJ) e Atlético (MG). Minha mãe estava na UTI em Joinville, e eu apitando a final no Mineirinho para quase 26 mil pessoas. Chorei o jogo todo, e quando voltei no dia seguinte minha mãe faleceu”, confessou Ideraldo em entrevista ao jornal Notícias do Dia em 2011.
Neco tem outras marcas históricas na carreira. Foi árbitro do primeiro jogo da primeira edição dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina e também apitou o primeiro Copão Kurt Meinert – competição de futebol amador de Joinville -, em 1977.
Aposentado das quadras desde 2008, Ideraldo Marcos descobriu um problema delicado de saúde em 2018, quando perdeu a função renal e teve que passar por tratamento por hemodiálise. Neste ano, lançou o livro “Pausa Para o Lanche”, uma compilação de mensagens motivacionais e poesias, que foi lançado em julho.
O velório do ex-árbitro está programado para começar a partir das 22h na capela 2 da Borba Gato e enterro às 14h desta quinta-feira, no Cemitério Municipal.
Texto: Thiago Borges
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