Connect with us

JEC

JEC apresenta proposta para pagamento da recuperação judicial; veja as condições

 

O Joinville apresentou nesta quinta-feira (2), em coletiva de imprensa na Arena, o plano que elaborou para pagamento da recuperação judicial do clube. Com assembleia definitiva marcada para a próxima segunda-feira (6), a diretoria tricolor antecipou a proposta que levará aos credores em busca de aprovação.

A maior dívida do JEC é trabalhista, que tem prioridade de pagamento na RJ. São R$ 13.8 milhões dos R$ 21.1 milhões totais. Com discurso de trabalhar dentro da atual realidade financeira, para essa classe, o clube pretende começar pagando R$ 30 mil por mês, com aumentos anuais de pelo menos 20% e mecanismos de aceleração para liquidação, repassando 30% de tudo que receber com venda ou empréstimo de jogadores, premiações em competições ou cotas de TV. Nessa condição, o prazo máximo para quitação dos débitos trabalhistas seria de 120 meses.

A proposta inicial dos credores dessa categoria era a quitação em 12 meses, com parcelas de R$ 750 mil. O clube rejeitou e outra condição apresentada foi para pagamento em 36 vezes de R$ 383 mil. O presidente do JEC explica que tais condições não teriam como serem aceitas.

– O que estava na mesa é totalmente impensável para a realidade do clube. Se aceitássemos, o JEC quebraria na semana seguinte. Não dá! Hoje o clube não fatura R$ 300 mil por mês com a sua operação normal. Com receitas ordinárias não fatura R$ 200, R$ 250 (mil) – disse Darthanhan de Oliveira.

Darthanhan de Oliveira, presidente do JEC, na apresentação desta quinta-feira — Foto: Gustavo Mejía/JEC

– Essa apresentação é pra mostrar total transparência e interesse do Joinville Esporte Clube em arcar com suas obrigações (…) Tivemos nas últimas semanas reuniões de disputa de interesses. A gente respeita muito os credores, sabemos que eles têm a receber. Só pedimos também que entendam a realidade do clube. De como o clube vai conseguir quitar os seus passivos. Qual é a nossa matéria prima? É começar a se reerguer como clube de futebol, ter desempenho desportivo novamente, conseguir subir de divisão, conseguir participar de competições que tenham gatilhos como cotas de televisão, de premiação, vendas de atletas. Essa é a nossa matéria prima pra conseguir quitar. Porque se sucumbirmos como clube aí não teremos dinheiro mesmo para pagar a RJ. E o nosso plano parte disso, de algo que mostre de peito aberto, de maneira honesta que o Joinville quer pagar, tem condições de pagar, mas dentro de uma realidade que ele está inserido hoje. E trabalhando pra que a gente consiga quitar o mais rápido possível a dívida – explicou o presidente do JEC ao abrir o encontro nesta manhã.

Além das dívidas trabalhistas, o Joinville tem R$ 6 milhões para quitar com 68 credores quirografários e R$ 1.2 milhão com 12 microempresas e empresas de pequeno porte (ME/EPP). Essas classes também participa da assembleia, mas começaria a receber em uma segunda etapa do processo. A trabalhista, que representa a ‘maior fatia do bolo’ e é a maior preocupação do clube agora, tem prioridade nos recebimentos.

A apresentação do plano de recuperação judicial elaborado pela diretoria acontece em uma semana decisiva e importantíssima para o time no Campeonato Catarinense. O JEC recebe o Avaí neste domingo, na Arena, pela última rodada da competição, precisando vencer para vivo na disputa por vaga na Série D de 2024. Mas não só isso, para também afastar o fantasma da Série B. Com nove pontos, o Tricolor está 10º lugar no campeonato – a um ponto da zona de rebaixamento e da zona de classificação à próxima fase do estadual.

Texto: Thiago Borges

Deixe seu Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *



Mais em JEC