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Presidente da Blackstar Basquete confirma planos ousados e aposta: “há espaço para dois times de Joinville no NBB”

Joinville pode ter dois times no Novo Basquete Brasil (NBB) até 2021. Inicialmente, a ideia parece utópica, mas se depender da direção da Blackstar Basquete, o objetivo vai sair do papel, de preferência, o mais rápido possível. A revelação foi feita pelo presidente da Blackstar, Rodrigo Lima, em entrevista ao colunista.

– Eu acredito que, em no máximo três anos, vamos disputar o NBB. Tudo o que a gente faz é muito planejado. Estabelecemos uma série de metas até tomarmos a decisão de jogar o Campeonato Brasileiro da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) – afirmou.

No ano passado, a Blackstar já surpreendeu o Estado ao conquistar a terceira colocação do Campeonato Catarinense. O bom desempenho deu coragem à direção para ousar mais e dar o segundo passo: confirmar participação no Campeonato Brasileiro da CBB. 

– Acordamos com os patrocinadores que teríamos um incremento na receita caso conseguíssemos atingir nossos objetivos. Na verdade, superamos a expectativa e tivemos o respaldo dos apoiadores que fizeram aumentos importantes nas cotas – detalhou Rodrigo.

Para alguns, no entanto, ainda surge a dúvida: com tantas dificuldades para o Basquete Joinville conseguir se manter em bom nível de competição, por que arriscar e tentar montar outro time? Outra dúvida comum dos amantes do basquete é: não faria mais sentido unir forças ao Basquete Joinville? Para Rodrigo Lima, as filosofias de trabalho são completamente distintas.

– Nossa linha de trabalho é completamente diferente da dos nossos concorrentes. Creio que conseguimos ter uma credibilidade que eles não têm. Nosso trabalho é sustentável e com retorno financeiro – apontou.

Para disputar o Campeonato Brasileiro, a Blackstar teve de comprovar um orçamento de R$ 300 mil. Embora significativo, o custo ainda é bem menor do que o do NBB – R$ 1,5 milhão por temporada. Outro desafio da Blackstar é cair no gosto do público joinvilense, habituado a torcer pelo Basquete Joinville. No entanto, para Rodrigo Lima, todos os obstáculos são superáveis.

– Não temos uma megaestrutura, nem títulos. Nossa palavra é um importante passo para fazer contratações e temos conseguido honrá-la. Sobre a simpatia do público, é algo que temos de conquistar, mas confio na nossa equipe de marketing para buscarmos soluções.

Um dos trunfos do time para cair no gosto do joinvilense é o trabalho realizado nas categorias de base. No primeiro ano na base, 65 alunos participaram do projeto. Hoje, a Blackstar tem trabalhos desde a categoria baby, para crianças de seis a 10 anos, até o sub-17. Até o próximo ano, a ideia é oito polos espalhados pela cidade. Com tantos jovens envolvidos, as famílias também se envolvem e começam a formar a torcida da Blackstar.

– É claro que a média de público no Campeonato Catarinense é pequena, mas fomos a terceira melhor média em 2017 e a melhor média em 2018. Isso nos ajuda a acreditar que há um público interessado.

O Campeonato Brasileiro da CBB terá início no próximo mês e dará ao campeão uma vaga no NBB da próxima temporada. Além do Blackstar, participarão do campeonato: Ponta Grossa (PR), São José dos Pinhais (PR), Brusque (SC), Cravinhos (SP), São João (SP) e Liga Sorocabana (SP). Duas equipes paulistas estão em processo de negociação e devem ser confirmadas nos próximos dias totalizando nove clubes no torneio. A fórmula de disputa da competição será turno e returno, onde os quatro melhores se classificam para a Final Four.

Os treinos da Blackstar começam na segunda-feira, ocorrerão em três períodos, e terão o comando do técnico Olívia (ex-Basquete Joinville), que também dirigirá a equipe sub-17. Os trabalhos ocorrerão no ginásio da Embraco. O time realizará dois amistosos antes da estreia na competição.

Texto: Elton Carvalho
Foto: Divulgação/Blackstar

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