Liderando do começo ao fim, o joinvilense Talisson Glock conquistou a medalha de ouro nos 400m livre S6 ao completar a prova em 4m52s42. O ouro veio no inicio da tarde do quarto dia de disputas do Mundial de Natação Paralímpica que acontece em Manchester, na Inglaterra.
Na terça-feira, 1º, Talisson havia ficado com duas medalhas de prata nos 100m livre S6 e no revezamento 4x50m 20 pontos, ao lado de Lidia Cruz, Daniel Mendes, e Patricia Pereira. O nadador disse que a prioridade dele era os 400m, para repetir o feito das Paralimpíadas de Tóquio.
– É a minha prioridade, ganhei em Tóquio. Então eu venho tentando melhorar do que eu tenho feito lá. Eu venho tentando ter essa constância. Eu particularmente oscilei muito na minha carreira. Hoje eu busco essa constância dentro e fora da piscina. Eu fico muito contente do trabalho estar conseguindo ser aplicado – disse após a conquista desta quinta.
Atualmente treinando no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), em São Paulo, o ex-atleta do Centro Esportivo Para Pessoas Especiais (CEPE) ainda teve que lidar com a frustração ao ter sido desclassificado do 200m medley. Sem entender a decisão, Talisson se disse decepcionado porque seria uma prova com chances de medalha.
– É uma prova que também iria lidar com medalha. Acho que o erro não foi meu. A regra do borboleta está muito subjetiva. Acaba que não tenho um braço e uma perna do mesmo lado. Fica praticamente impossível manter esse alinhamento que eles desejam. Fica para os olhos do árbitro. Faz três anos que nado assim e não sou desclassificado – comentou.
A Seleção Brasileira de natação paralímpica iniciou na segunda-feira, 31, sua trajetória no 11º Campeonato Mundial, em Manchester, com a possibilidade de alcançar marcas históricas para a modalidade do país. A edição de 2023 reúne mais de 600 atletas de 70 países, no Manchester Aquatics Centre,e segue até 6 de agosto. O Brasil será representado por 29 atletas de 10 estados (CE, MG, PA, PE, PR, RJ, RN, RS, SC e SP), sendo 15 mulheres e 14 homens.
Texto: Jota Amaral