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Luto no Tricolor: ídolo do JEC, ex-goleiro Marcão morre aos 51 anos

Foto: Léo Piva/JEC/Divulgação

Um dos maiores ídolos do Joinville Esporte Clube, o ex-goleiro Marcos Antônio Ronconi, o Marcão, faleceu nesta terça-feira (13), aos 51 anos, vítima de câncer. Natural de Maracajá, no sul catarinense, prestou 24 anos de serviços ao clube, de jogador da base a preparador de goleiros. No início deste ano ele havia se afastada para tratamento, porém, não resistiu ao tratamento. O ex-jogador Tricolor deixa esposa e uma filha.

O Joinville emitiu comunicado lamentando a morte do seu jogador e funcionário dedicado.

– Com muito pesar, o Joinville Esporte Clube informa o falecimento de Marcos Antônio Ronconi, o Marcão, aos 51 anos. Ídolo criado na base Tricolor, Marcão lutava contra um câncer. Além da grande referência como goleiro, fazia parte do quadro de funcionários do clube. Ao todo, foram 24 anos de serviços prestados ao Joinville. – diz a nota.

Despedidas

Atual presidente do Joinville, Darthanhan de Oliveira, também declarou estar profundamente triste com a partida do ídolo. Em vídeo, ele disse que Marcão era um “amigo e um ídolo que nos deixa”.

– O Marcão eu acompanhei desde o início da sua carreira no Joinville, nos anos 90, ainda jogador da base e depois se tornou um grande ídolo, sendo bicampeão catarinense em 2000 e 2001. O que o Marcão fez naquelas duas temporadas nunca mais será esquecido pela torcida Tricolor. Infelizmente essa notícia é muito triste, uma pessoa sensacional, um grande amigo. E nos resta orar pelo Marcão, pela sua família, para que ele vá em paz – disse Darthanhan.

Ex-supervisor da base do JEC, Willian Patrick esteve ao lado de Marcão trabalhando por nove anos. Emocionado, Patrick, que também atuou na preparação física do Joinville, lembrou sua relação com o ídolo do Tricolor.

– Sem palavras para falar do Marcão. Foi um dos funcionários e torcedor mais fiel que conheci dentro do Joinville. Um pessoa extremamente profissional, que amava o clube, e um ser humano incrível. É um irmão que eu perdi. Não sei nem o que falar. Uma pessoa que honrava com seus compromissos, brigava pelo clube, se chateava quando o clube perdia. Esse era o Marcão, guerreiro. Guerreiro mesmo – declarou Patrick.

Outro amigo que expressou seu pesar pelo falecimento de Marcão foi o ex-jogador Juari Juliano. Dentro de campo, os dois foram bicampeões estaduais pelo Joinville. Já do lado de fora, a amizade ganhou outros caminhos. Ambos atuaram nas comissões técnicas do clube e estreitaram os laços com o passar dos anos. Ele relembra de outros amigos de clube que cresceram com o ídolo na base do JEC, como Bandoch e Benson e que, certamente, terão muitas saudades do ex-goleiro Tricolor.

– Para falar do Marcão vão faltar adjetivos. Campeoníssimo com o Joinville no bicampeonato. A gente teve o prazer de jogar alguns anos juntos, ser campeões juntos. Eu tive a felicidade de trabalhar com ele, ter ele na comissão técnica do sub-20 e, posteriormente, eu auxiliando no profissional. Um cara espetacular que mesmo nos momentos de dificuldade que ele passou, sempre acreditou, sempre pra cima. (…) O que fica é a saudade, só a saudade que vai ficar e que Deus conforte o coração da família – comentou Juari.

Último campeão estadual

Em 2021, uma publicação do Joinville nas suas redes sociais dizia: “Hoje deveria ser feriado em Joinville, pois uma lenda tricolor está de aniversário”. A homenagem fazia referência ao aniversário de Marcão, no dia 5 de fevereiro. A data foi marcante também em 2024. Três dias após completar 51 anos, ele foi aplaudido pelo torcedor na Arena Joinville por seus 24 anos de serviços prestados ao Tricolor.

Em campo, o ex-goleiro foi Campeão Sul-americano de Juniores em 1992 e Bicampeão estadual com o clube, em 2000 e 2001. No último título estadual do JEC, em 2001, Marcão estava em campo. Após vencer o Criciúma em casa por 3 a 0, o JEC foi para o sul do estado, e superou o adversário novamente por 2 a 0, diante de 17.180 pessoas no Estádio Heriberto Hülse. E por conta de sua atuação no estadual daquele, principalmente na final, ganhou a alcunha de São Marcão.

– Naquela época era mais difícil a ascensão de um jogador de base, demorou um pouco. Sempre fui persistente na carreira, em busca dos objetivos. Demorou, tive oportunidade em 1999 e na época o hoje presidente Nereu Martinelli era o diretor de futebol e o Márcio Vogelsanger era o presidente. Em 2000 me firmei e conseguimos o título depois de 13 anos que o Joinville não conseguia. No ano seguinte teve o bicampeonato, em 2001, em que foi o ápice da minha carreira no Joinville – declarou ele a uma reportagem de Alessandra Flores e João Lucas, a RBS, em 2015.

Velório

O velório acontecerá a partir das 15h30, no hall de entrada da Arena Joinville. A cerimônia será aberta aos torcedores e amigos para prestarem sua última homenagem ao ídolo, Marcão. Amanhã, quarta-feira (14), às 9h, seguirá para o Crematório Catarinense.

Da redação.
Atualizado às 12h04

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