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Entrevista: Kelvin Soares e a revolução do desporto catarinense através da Fesporte

Foto: Fesporte/Divulgação

Enquanto a conversa acontece os olhos vão ao celular com frequência. Também pudera, sua filha disputava naquele instante a final Campeonato Brasileiro Interclubes Sub-19 de Vôlei no Rio de Janeiro. Heloise Soares, levantadora do Flamengo, atraía a atenção do pai, ansioso por saber o resultado final.

O pai de Heloise é Kelvin Soares, presidente da Fundação Catarinense de Esporte, a Fesporte. Nascido no Rio Grande do Sul, Kelvin dedicou sua vida toda ao desporto. Chegou em Santa Catarina em 1987 e adotou Joinville como sua casa. Na cidade, foram 12 ligas nacionais no basquete, além da atuação como técnico de diversas seleções catarinenses da modalidade entre os anos de 1993 e 2012, conquistando mais de uma centena de títulos da modalidade em âmbito estadual e nacional, incluindo 22 de Joguinhos Abertos de Santa Catarina.

O professor, educador físico, mestre e gestor esportivo é calmo, apesar da tensão com o resultado do jogo da filha. Falar sobre esporte parece ser a única coisa capaz de atrair a sua atenção naquele instante. Ainda mais se o tema da conversa é um balanço de sua gestão na frente da Fesporte, sua secretaria, como ele mesmo gosta de chamar. No órgão foram 22 meses de trabalho com resultados expressivos através da implantação de programas e de uma mudança na cultura.

Os números refletem a importância que Kelvin conseguiu, junto com sua equipe, para o órgão. De um orçamento de 22 milhões de reais em 2019, a Fesporte saltou 177 milhões de reais em 2022. Recursos que foram alocados Leis de Incentivo, de Patrocínio, programas como o Mexa-se, nas Arenas de Verão, no Bolsa Atleta, no Programa de Incentivo ao Desporto Escolar (PIDE), dentre tantos outros, que mudaram o status da Fesporte de uma gestora de competições para uma entidade de fomento esportivo.

Ao Esporte Joinville, Kelvin falou sobre como se deu esse processo, sobre sua forma de enxergar e viver o esporte, sobre os legados para Santa Catarina e para a região de Joinville e seus planos para o futuro. Um esportista e um pai orgulhoso, que ao final da conversa vibrou com mais um título conquistado pela filha.

Confira a íntegra da entrevista abaixo:

Esporte Joinville. A história da Fesporte começa, oficialmente de 1993 para cá, criada com o objetivo de fomentar o esporte. E apesar desse objetivo de fomento, ela inicialmente funcionou mais como organizadora de eventos do que como um entidade de fomento, por assim dizer. O que muda na gestão Kelvin dentro da Fesporte?

Kelvin.  O escopo é exatamente esse que você colocou. Em 1960 são criados os Jogos Abertos, Jogos Escolares de Santa Catarina, os eventos Joguinhos Abertos, Olimpíada Estudantil, os eventos vão sendo criados e a a Fesporte, a institucionalização só acontece 33 anos depois. De lá pra cá pouco se fez também no papel, no campo administrativo, de criar regras de fomento do esporte e propor uma verticalização do panorama político para o desenvolvimento do desporto no estado. Então qual foi nossa preocupação a partir de 15 de fevereiro de 2021, quando assumimos a Fesporte, que existisse uma conversa entre os eventos da Fesporte, inclusive na inovação e na melhoria desses eventos, como aconteceu de hospedar os atletas na rede hoteleira da região, fomentando também o turismo, digitalizar todo o sistema de monitoramento de jogos, melhorar a remuneração da arbitragem para que os árbritos, de fato, tivessem maior compromisso com as nossas competições. E transmitir os jogos com maior qualidade, levar a infomação, seja ela da forma digital, para os nossos catarinense. Então, nós tínhamos o compromisso de melhorar os eventos da Fesporte. Mas nós sabemos que os eventos só acontecem na medida que programas são desenvolvidos. Nós precisávamos mudar, ou reposicionar pelo menos, a Fesporte, a Fundação de Esportes que eu gosto muito de chamar de uma secretaria. Ela é uma secretaria porque tem um aspecto preventivo de cuidar da saúde das pessoas e uma das ferramentas é o esporte.

EJ. E o que se desenvolveu neste período para atingir o obejtivo?

Kelvin. Criamos o Mexa-se, um programa de atividades físicas que tínhamos implantado na gestão em Joinville e o Programa de Iniciação Desportiva Escolar (PIDE) que hoje contamos com mais de 200 acadêmicos em todo o estado e aproximadamente 10 mil crianças sendo atendidas pelo programa. É um programa de oportunidade para as crianças, de engajamento delas, porque nós precisamos que as nossas crianças estejam envolvidadas em atividades sadias. Num  primeiro momento nós não estamos falando de atletas, estamos falando de atividade física para as crianças. Assim como o Mexa-se proporciona atividades físicas para adultos. O fomento do esporte através da Lei de Incentivo com isenção de ICMS, tivemos um acordo com a Secretaria da Fazenda, num montante de 175 milhões de reais para que fosse executado através de projetos esportivos para o esporte de Santa Catarina. Tivemos a Lei de Patrocínio sancionada também em janeiro de 2022 que estava a disposição de nossos clubes, associações e federações para que pudessem continuar com seus projetos esportivos. Mas, principalmente, o Bolsa Atleta. Hoje nós atendementos 487 atletas, executamos o orçamento de 3,1 milhões de reais em 2022 para que esse recurso chegasse diretamente na conta do atleta. Para que ele pudesse se bancar, bancar seus custos, suas passagens de ônibus, seu material esportivo, o custeio de um determinado evento que era fundamental para sua carreira. E construímos um programa de investimento em infraestrutura alocando em 2021 18 milhões de reais e neste ano, até o período eleitoral, foram 48 milhões de reais. São pequenas reformas de ginásios, pinturas, troca de iluminação de praças esportivas. Às vezes um banho de loja que significava muito para quem entrava no local, com uma boa iluminação, um bom equipamento. E também mais de 6 milhões de reais investidos em material esportivo para os municípios, para as escolas estaduais. Ou seja, para projetos incipientes alocamos recursos de material esportivo de iniciação e para projetos que já tinham uma trajetória, uma participação mais intensa em competições, nós destinamos vans. Foram 38 veículos para esses projetos esportivos de municípios que já tinham essa intensidade. Gosto de dar sempre o exemplo do voleibol de Saudades, do voleibol feminino de Guaraciaba, que são projetos camepões brasileiros e sul-americanos de voleibol escolar, em cidade pequenas de nosso estado, mas que projetam Santa Catarina em nível nacional e internacional. É percebemos que é a continuidade desses programas que vai fazer uma transformação no esporte de Santa Catarina.

EJ. Se observamos bem todos os projetos, houve uma preocupação com o todo o processo. Com o começo, com a base na educação escolar seguindo até o atleta de alto rendimento. A gestão tentou atender todo esse ciclo?

Kelvin. A primeira vez que eu escrevi isso foi na portaria 441 que liberava o desporto em Santa Catarina (durante o período da pandemia de Covid-19). Nós temos três manifestações esportivas: participação e lazer, de atividade física que nós, enquanto secretaria temos que fomentar e por isso eu falo do Mexa-se e das Arenas de Verão que têm esse intuito; do desporto de rendimento, que a Lei de Incentivo e de Patrocínio, que atendem as nossas equipes de Liga Nacional, por exemplo, nós temos seis equipes no futsal, temos seis equipes no vôlei, temos quatro equipes no handebol, outras três no basquetebol; e nós temos o escopo de algo que a Fesporte tentou atingir que está dentro do esporte educacional e atender o ciclo vital da cadeia educacional fazia parte do nosso interesse. Então o PIDE, oferecendo esporte lá na escola, no contraturno escolar com material, capacitação, uniformização e o próprio acadêmico de educação física pago pelo governo do estado. Oferecemos os eventos como JESC (12 a 14 anos e 15 a 17 anos), Moleque Bom de Bola, Olesc e Joguinhos Abertos e lá na frente os Jogos Universitários Catarinenses. E pela primeira vez os JUCS foi fomentado, pago na verdade, pela Fesporte. Porque nós precisávemos atender todo esse ciclo vital, como tu bem dissesse, desde o início da criança lá na escola, durante a escola e também durante a universidade. Eu entendo que por muito tempo, mesmo no cenário nacional, se deixou o desporto universitário de fora, e nós procuramos trazer o desporto universitário para dentro dessa cadeia e fomos muito felizes. Esse ano nos JUBS o desporto catarinense teve excelentes resultados e deve compor, em grande parte, a delegação dos jogos internacionais. Fomos muito felizes nos Jogos Internacionais realizados na França deste ano. E as medalhas que Santa Catarina obeteve, tanto na Paralimpíada como na Olimpíada Escolar foram extremamente relevantes.

EJ. E nisso tudo, a experiência do Kelvin como gestor esportivo, como educador físico, como mestre em ciência do comportamento humano, dentro da Fesporte, permite que se enxergue a importância desse ciclo do esporte como um todo?

Kelvin. Acho que isso me trouxe o arcabouço teórico, entendimento dos caminhos para colocar isso num projeto, de fato, com ferramentas, com objetivo. Um projeto, mesmo no setor público, em 20 meses, com excelentes resultados. O que me traz a experiência de campo de 15 anos como atleta, 20 anos como técnico na beira da quadra, como gestor esportivo em Joinville por 16 anos e público, também em Joinville, por 8 anos e, entendo que somadas essas experiências práticas e teóricas foram fundamentais para que nesse curto período de tempo nós implementássemos programas, melhorássemos os eventos e tivéssemos esses resultados expressivos.

EJ. Um desses resultados expressivos, fora do ambiente de disputa por medalha e troféus aconteceu no campo tecnológico. Hoje a Fesporte também incentiva, com aplicação de recursos, startups para desenvolverem projetos no campo do desporto. Como que isso funciona?

Kelvin. É uma proposta inédita no Brasil. A proposta veio de uma conversa nossa coma Fapesc (Fundação de Amparao a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), o Fábio Zabot Holthausen, presidente da Fapesc, entendeu a nossa ideia e que nós precisávamos inovar no esporte e isto tinha que ser feito por meio de um edital para atrair o ensio superior, para atrair os núcleos de pesquisa das universidades para dentro do desporto catarinense. E nós conseguimos uma emenda com o Deputado Estadual Fernando Krelling de 500 mil reais e chegamos com a proposta: ‘olha temos 500 mil para partir’. E aí eu perguntei se a caso a Fesporte entrasse com mais 500 mil se a Fapesc também entraria com outros 500 mil. Foi aceito e a proposta de 1,5 milhão de reais para que as universidades apresentem os projetos através de editais de até 50 mil reais para projetos embrionários, startups, que possam ser desenvolvidos no meio esportivo e possam auxiliar o meio esportivo que precisa de inovação, de tecnologia. Então, esse programa o Sportech vem para suprir essa lacuna e, quiçá, nos levar num curto espaço de tempo a investimento tecnológicos que estamos vendo nos grandes eventos internacionais, especialmente na Copa do Mundo.

EJ. Uma gestão de 22 meses e neste tempo uma evolução grande no papel da fundação. Olhando para esse período e tudo o que aconteceu, lembrando que estávamos em um período de Pandemia, a Fesporte passa a ser mais protagonista no esporte catarinense?

Kelvin. Tenho certeza disso. Os próprios gestores do estado, das secretarias, prinicipalmente das transversais como da administração, da fazenda, da casa civil, enfim, foram sensíveis as propostas e aos nossos objetivos e nos auxiliaram muito nisso. Quando o esporte é relegado a um segundo plano de interesse governamental o fomento também é de segundo plano. A medida em que nós nos transformamos num segmento de importância social, e isso ficou muito claro na Pandemia quando as pessoas procuraram o esporte como uma válvula de escape para o seu isolamento, para a sua depressão, fica muito claro que havia a necessidade do fomento e da criação desses programas. O estado enxerga, então, como uma prioridade governamental e passamos a ter o interesse e a importância dentro do governo. Sem dúvida nenhuma esses 22 meses foram suficientes para sensibilizar esses organismos, o núcleo duro de governo, e a Fesporte se protagonizou como uma das secretarias, não digo de primeira linha ainda, mas de grande relevância, de grande importância e grandes entregas para a comunidade catarinense.

EJ. Um pouco do reflexo dessa mudança de panorama da Fesporte está na questão orçamentária. A fundação sai de 22 milhões de reais para 177 milhões de 2019 para 2022. É uma amostra desse papel que a Fesporte assume também?

Kelvin. Foi reflexo da apresentação de projetos. As vezes nós escutamos falar: ‘ah, mas o esporte não tem projetos’. Eu entendia que a medida que fôssemos assumir o cargo, tínhamos que ter uma proposta ao governador. Tínhamos que ter claro em mente aquilo que faríamos. E apresentamos os projetos. Talvez haja uma inversão, deveria existir um recurso, um fomento, linhas de patrocínio e de investimento no esporte e a partir disso nós apresentarmos os projetos. Mas como cheguei num meio de gestão havia uma defasagem orçamentária muito grande, eram 22 milhões com, basicamente, 10 deles usados na folha de pagamento interna e os outros 12 para os eventos esportivos, não era muito. E na apresentação dos projetos para o governador ele me perguntou se tinha dinheiro para tudo que queríamos ‘verifiquei lá e não tem’, ele disse. Mas diante dos projetos, que ele já havia lido com o secretário da administração e da fazenda, ele já havia aprovado. Com a sensibilidade do governador, nós conseguimos desenvolver os objetivos. Mas eu entendo que a linha deveria ser ao contrário, ter investimento no esporte para podermos apresentar os projetos. Nós forçamos a linha, fizemos pressão no sentido contrário, apresentamos os projetos para que, aí sim, eles fossem financiados pelo governo. E isso é muito importante. Tenho falado em todas as entrevistas que é essencial que a Fesporte não perca esse caráter, esse status na governança e nem essa capacidade de investimento que ela alcançou. De forma nenhuma a Fesporte pode perder o orçamento que ela tem.

EJ. Falamos bastante de Fesporte e para chegar até lá você deu alguns passos na administração pública em Joinville. E quando chegou na fundação olhou com carinho também para a região. Arena de Verão acontecendo no litoral, o Ivan Rodrigues no processo de reforma, o PIDE chegando em Joinville também. Como foi esse processo com Joinville e coma região norte do estado?

Kelvin. Era uma responsabilidade muito grande representar Joinville no cenário do governo do estado. Nós tínhamos ali um secretário de estado que era daqui, a maior cidade de Santa Catarina, o cenário econômico mais representativo do estado e tenho, após 34 anos na cidade, uma história dentro do Bom Jesus, da prefeitura, no basquete como atleta, como técnico. Era uma responsabilidade muito grande para a comunidade. Eu procurei assumir essa responsabilidade e trazer esse retorno na medida em que representava as pessoas daqui. Trazer o PIDE pra cá, lançar em primeira mão aqui em Joinville, um projeto que nós tínhamos no município em 2013, quando assumimos na gestão municipal, agora pelo estado era muito importante. Lançamos o termo de cooperação com as escolas estaduais, a princípio com nove, 10 escolas para atendermos com os acadêmicos de educação física, com mateiral esportivo. Fomentamos o material esportivo das escolas estaduais da região, auxiliamos alguns clubes e associações da região e de Joinville. As Arenas de Verão, como tu bem disse, em São Francisco, Barra do Sul, Barra Velha, Piçarras, Penha, fomos até Navegantes com uma estrutura fantástica e inovadora para o lazer do catarinense e, por fim, aquilo que tem uma grande herança. Eu trabalhei muitos anos no Ginásio Ivan Rodrigues, eu sempre brinco: ‘quem não tem uma história ali?’. Seja com Jogos Escolares, seja um show nos anos 80, futsal de Joinville, o basquete de Joinville quando eu ainda era atleta jogou ali, o festival de dança se inicia ali. Então há uma história com esse equipamento. E nós assumimos a responsabilidade sobre o ginásio apenas no dia 2 de junho desse ano. Entramos com a licitação do projeto, tivemos uma reunião no dia 14 de dezembro com a empresa que venceu e colocamos pra eles aquilo que nós idealizamos. Que o Ivan Rodrigues seja transformado, de fato, num equipamento esportivo moderno, com elevadores, com camarotes. Que ele não seja apenas uma oportunidade para o desporto mas que possa abrigar shows, abrigar outros eventos que espaço possa comportar de forma multidisciplinar. Mas que ele também possa ser um espaço que seja autosustentável. Não acredito que estruturas públicas, nem de governo tenham que manter esse tipo de estrutura. Então, talvez no futuro, possamos ter ali uma parceria público-privada, para que um gestor possa fazer investimentos, possa melhorar, fazer a manutenção e ao mesmo tempo manter projetos esportivos latentes dentro daquele espaço.

EJ. E chegando ao final de ano é comum fazer uma autoanálise. E essa autoanálise do Kelvin como presidente da Fesporte, num final de gestão do governo estadual, como você olha para trás e para o futuro da Fesporte?

Kelvin. Foram muitas conquistas de uma forma muito intensa. As pessoas que me conhecem sabem da minha força de trabalho e da minha intensidade, sempre focado muito em resultados. Foi um trabalho muito intenso, um trabalho que não teve dia de semana, não teve horário. Sempre confundiu o domingo com quarta-feira e quem trabalha com o esporte sabe como é isso. Minha família sabia disso e me deu esse espaço, me oportunizou esse espaço de dois anos que era o nosso compromisso com o governo do estado de trabalhar a frente da Fesporte. Então foi intenso, foram execelentes resultados, não tenho qualquer arrependimento. Mas de forma nenhuma eu diria que saio com o dever cumprido. Eu entendo que o competidor, que aquele que busca resultados a todo dia coloca uma meta nova, uma meta diferente. Saio tendo realizado aquilo que me propus desde o dia 15 de fevereiro de 2021. Mas hoje eu tenho novos objetivos para a Fesporte. Quiçá nós possamos ter dado passos iniciais para a transformação da Fesporte em importância e no protagonismo do esporte catarinense pra que novos gestores venham com novas ideias, a partir desses primeiros passos que foram dados mas no mesmo sentido de desenvolver amplamente o esporte catarinense desde a sua base de engajamento até o alto rendimento.

EJ. E você já consegue se imaginar nos próximos meses, próximos anos? Onde estará Kelvin Soares?

Kelvin. Não tenho isso em mente. O que eu tenho em mente agora é que, depois de muitos anos, nos últimos 12 anos eu tive duas oportunidades de férias só. Eu tinha sempre um calendário que batia dezembro, janeiro e fevereiro com liga nacional de basquete, com outros eventos, e agora foi concomitante com o da Fesporte. No ano passado estive nas Arenas de Verão de uma forma muito intensa, entre Natal e Ano Novo, construindo e entregando as arenas. Mas a minha gestão se encerra agora dia 31 de dezembro e eu viajo já no dia 2 preocupado com as minhas férias junto com a família. Minha família me oportunizou dois anos de entrega ao esporte catarinense, de entrega ao trabalho sem qualquer restrição, mas nos próximos meses, nos próximos dias, especialmente em janeiro, eles serão destinados a família.

EJ. Mas sem abandonar o esporte?

Kelvin. De forma nenhuma. Quem é do esporte sabe o que é ser do esporte e é até o fim da vida. Ainda mais da forma como sempre tratamos o esporte. Com seriedade, com respeito, com intesidade. Sempre na busca de melhoria e de resultados.

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