Diante da negativa da Procuradoria de Justiça Desportiva de Futebol de Santa Catarina em denunciar formalmete as possíveis irregularidades apontadas no registro dos atletas do Hercílio Luz durante a disputa do Campeonato Catarinense 2023, o Joinville Esporte Clube decidiu solicitar a reconsideração do parecer.
– Nesse primeiro momento, (hoje ainda) vamos mostrar a Procuradoria que a informação da CBF não condiz com a realidade, e pedir a reconsideração do parecer – comentou o presidente do Joinville, Darthanhan de Oliveira.
A ideia do clube é enviar considerações técnicas sobre o caso. O pedido do JEC deve ser analisado por um outro procurador e o clube espera que os documentos encaminhados possa dar um embasamento mais aprofundado para a emissão de um novo parecer.
No início da noite de ontem, quarta-feira (15), o Procurador Cristiano Rodrigues Mariot divulgou parecer informando não ter encontrado irregularidades no registro dos atletas do clube do sul catarinense. No entendimento do Procurador “a inscrição formal dos atletas foi exitosa”.
Mariot tomou como base documento encaminhado pela FCF à Procuradoria onde constam informações da entidade catarinense e da CBF alegando que Cleiton Saavedra Garcia, Jonathan Miranda da Silva Mendes, Matheus Aurélio Palhares Guimarães e Matheus Oliveira Souza possuíam Contrato Especial de Trabalho Desportivo e que todos os atletas estavam devidamente registrados no Boletim Informativo Diário (BID). Tais contratos, segundo informou a entidade máxima do futebol brasileiro, teriam vigor até o dia 31 de dezembro de 2023.
Entenda o caso
Desde a terça-feira (14), o tema agita os bastidores do futebol catarinense. Algumas imagens que circularam nas redes sociais indicam que cinco jogadores do Leão do Sul estariam com contrato inativo na CBF e, com isso, não poderiam ter atuado no Campeonato Catarinense.
Segundo o time de Tubarão, que formalizou mudança de clube associativo para SAF em fevereiro deste ano, “todos os requisitos da lei e das entidades envolvidas foram cumpridos” e que “uma falha no sistema” deve ter originado a confusão.
Em entrevista coletiva, o presidente do JEC, ao lado do Dr. Roberto Puglise Jr., pediu a imediata paralisação do campeonato. Em nota oficial, o clube disse que “a responsabilidade pela inclusão de atletas sem condição de jogo nas partidas é exclusivamente do clube. A infração não ocorreu a partir de eventual mudança do status dos contratos no sistema, mas da inclusão dos atletas para jogar em cada uma das sete (7) partidas, sem o preenchimento desse requisito essencial”.
O clube ainda alegou que “o descumprimento do Regulamento afetou diretamente todos os resultados da competição, gerando vantagem indevida e prejudicando todos os participantes do torneio”. Em coletiva, o presidente do Tricolor foi incisivo ao dizer que “o Joinville vai até o fim nesse caso, para que ele seja levado a julgamento e seja feita justiça”.
Texto: Jota Amaral