Um novo mercado no mundo do futsal tem dado o que falar neste segundo semestre. Em seu terceiro ano de existência, as equipes da Liga Saudita começam a olhar para os atletas do futsal brasileiro e despejar seus “petrodólares” por aqui. Uma das vítimas pode ser o JEC/Krona Futsal, que tem atleta na mira.
Com a janela para novas contratações no futsal europeu fechada, a sombra do mundo árabe começou a pairar sobre os clubes brasileiros. Em Jaraguá, ainda no início de 2024, o goleiro João Neto trocou as quadras brasileiras pela Arábia Saudita para jogar no Al-Nassr. Ele revelou rencentemente, em reportagem ao portal GE, que objetivo do país é crescer na modalidade. Ao que tudo indica, é o que está acontecendo.
– Eles querem crescer. Já tem bastante brasileiro na Liga. É uma maneira de intercâmbio muito legal para eles, que a gente leva um pouco da nossa experiência, da nossa vivência, para ajudar nesse crescimento dos jogadores aqui – disse João Neto ao portal.
Recentemente, um outro jogador do Jaraguá, o pivô Jean Gaúcho, anunciou sua saída do principal rival do Joinville rumo ao futsal árabe. Outro que passou pelas quadras da região, o ala Rodrigo Coito, que jogou no São Francisco Futsal, e que este ano estava disputado o Brasileiro de Futsal pelo Passo Fundo, também seguiu para o oriente médio.
Mas a migração não para por aí. Clubes que seguem na disputa da Liga Nacional estão sofrendo. Um dos destaques do Atlântico de Erechim, rival do Tricolor na final da LNF do ano passado, o ala Chape também arrumou as malas para ir jogar no futsal árabe. Ele vai jogar ao lado Cleber André, ex-Jaén (Espanha) e Bruno Rafael, ex-Uktha (Rússia), no Al Qadsia. A debandada também chegou no oeste catarinense e outro jogador que se transferiu foi Biel, que defendeu o São Lourenço na LNF.
Atrativo
Os chamados petrodólares podem ser o principal atrativo para a mudança dos jogadores em busca de melhores oportunidades financeiras, como revela João Neto.
– Embora, mais uma vez, eu repito, muito distante do campo, mas para a realidade do nosso esporte, os estrangeiros recebem bons salários aqui. Então, acho que a tendência é crescer – afirmou o goleiro ao GE.
A questão financeira e a chance de explorar um novo mercado tiraram Douglas Júnior, atleta do Kairat (Cazaquistão) para defender o Aula FC, da Arábia. Depois de 10 anos jogando no futsal cazaque, Douglas encerrou um ciclo com destino ao mais novo mercado do futsal.
De olho no JEC
A especulação do momento envolve o nome do ala Fernando. Campeão da Liga em 2017, Fernando Drasler retornou ao JEC/Krona em meados do ano passado e se consolidou como mais uma liderança da equipe Tricolor. Aos 36 anos, ele é alvo do “ataque” do mercado árabe ao futsal brasileiro, segundo informação veiculada na imprensa joinvilense.
O prazo inicial dado pelo perfil Arena da Tropa, da 89FM, para a saída de Fernando em direção ao futsal árabe era o último dia 15. No entanto, o próprio perfil publicou nesta semana de que a multa recisória referente ao contrato do atleta não teria sido quitada, impedindo a sua saída imediata do Tricolor. Na partida diante do Concórdia pelo estadual na noite desta última quarta-feira (18), poupado do jogo, o ala acompanhou a vitória do Joinville das cadeiras instaladas no palco no Centreventos.
Decisivo para o JEC, Fernando tem 20 gol marcados em 31 partidas disputadas neste ano com a equipe. O clube e o jogador ainda não se manifestaram sobre o assunto, mas caso confirmada a saída, seria uma importante perda para o elenco na reta final da Liga Nacional e do Catarinense Série Ouro.
Da redação.