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Gramado da Arena Joinville só será trocado após o Catarinense e receberá manutenção

Foto: Ivanor Júnior/JEC

São quase 20 anos de uso. Desde a sua fundação que a Arena Joinville mantém o mesmo gramado e, ano após ano, realiza manutenções pontuais para seguir recebendo os jogos do Joinville Esporte Clube. Com tanto tempo de uso, o clube busca uma solução para sua casa e estabeleceu duas frentes de trabalho.

Foi o que informou o presidente do JEC, Darthanhan Oliveira, durante coletiva realizada na última quarta-feira, 1, na área administrativa do clube na própria Arena Joinville. Segundo ele, foram sempre soluções paliativas e existe a necessidade de uma troca urgente.

– Todos sabem que o gramado do JEC é o mesmo da fundação e só troca e faz reparo, reparo, paliativo atrás de paliativo. Chega uma hora que o paliativo não aguenta mais – disse o mandatário.

Diante do quadro, o JEC estabeleceu prazos para o próximo ano. Porém, a provável troca do gramado só acontecerá após a disputado catarinense.

– O Joinville vai jogar ano que vem com o mesmo gramado que está hoje. Não vai dar tempo de trocar, não vai dar tempo de mudar. Nós estávamos preparados até um mês atrás com a possibilidade dessa troca, estávamos preparados até, e essa informação era confidencial e agora podemos abrir, que se precisasse nós jogássemos a fase final da Copa Santa Catarina em outra cidade para fazer a obra aqui – informou.

Ele ainda disse que devido ao tempo necessário para a realização da obra, cerca de dois meses, o clube optou em seguir com o mesmo gramado durante a competição estadual porque não há como abrir mão de jogar na Arena neste período. Até o início do próximo ano o gramado seguirá recebendo manutenção com um custo em torno de R$ 100 mil reais.

Parceiro de investimento

A troca só será possível por meio de um parceiro de investimentos. Com o custo em torno de R$ 800 mil reais para colocação de gramado natural, o clube ainda não sabe se conseguirá o valor integral ou terá que captar parte dos recursos através de projetos.

– Nós não sabemos se vem o investimento integral ou vem parcial. Se vier parcial, nós vamos fazer um projeto para captar o restante para fazer a troca e ela vai ficar para depois do Catarinense. Logo ali em abril a gente inicia esse processo da troca do gramado – comentou.

Outra frente de trabalho

Além do trabalho junto ao investidor para a troca do gramado e a colocação de grama natural, o clube tenta viabilizar via poder público, a colocação da grama sintética dentro dos padrões da FIFA e que é utilizado nas principais arenas esportivas do país.

– É um projeto que varia entre R$ 6 e R$ 6,5 milhões de reais com as devidas homologações. A Sesporte tem um projeto sendo feito integrado com a gente e nós buscaríamos de emendas parlamentares. Já conversamos com todos os deputados federais, deputados estaduais e até a senadora já se deixou à disposição – revelou Darthanhan.

Por ser um processo político, o presidente sabe que o trabalho leva um tempo maior e, por conta dos trâmites, não seria possível cravar um prazo para que este processo se conclua.

A grama sintética, no entanto, levanta uma questão relacionada ao movimento na europa de proibir gramados 100% artificiais. A Eredivisie, entidade máxima do futebol holandês, por exemplo, determinou que os clubes da primeira divisão holandesa não poderão ter seus campos com grama totalmente artificial a partir de 2025. A percepção dos atletas de que as lesões têm aumentado neste piso foram determinantes para estabelecer a regra.

Com isso o clube pode reavaliar a utilização, optando por um modelo híbrido, que segue sendo liberado nas arenas europeias e é utilizado no país como a Arena Corinthians e o Maracanã, que utilizam parte de grama natural e parte sintética.

Texto: Jota Amaral

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