Afundado em grave crise técnica, os torcedores do Joinville sabem que os problemas do clube transcendem as quatro linhas. Além da momentânea lanterna da Série C, o JEC precisa encontrar uma solução para equilibrar as finanças e impedir a falência da entidade, visto as recentes dívidas ativas e ações trabalhistas.
A principal aposta da diretoria é transformar o Joinville em clube-empresa, visando a criação da Joinville Participações S.A. Uma alternativa que será discutida hoje, às 19 horas, em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, na Arena. “Hoje a situação ela está crítica e se a gente não tomar alguma solução, nós tememos pelo futuro do clube”, revelou Alexandre Poleza, diretor financeiro do clube.
- Como funciona?
A ideia básica visa vender ações (ou cotas), visando o lucro, mas mantendo o clube como majoritário, com 51% das participações. A base da proposta que está em discussão é a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), formulada pelos advogados Rodrigo Monteiro de Castro e José Francisco Manssur, que virou Projeto de Lei pelas mãos do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), a nº 5.082/2016.
Hoje, os clubes brasileiros têm a estrutura de associação sem fins lucrativos e administram de tudo. A criação da Sociedade Anônima gera uma possibilidade de arrecadação para o pagamento dos passivos pendentes e uma renegociação das principais dívidas do clube. “O clube vai criar um ambiente empresarial. O objetivo é captar esses investidores e, com o corpo executivo, terá que gerar lucro. É óbvio que o clube ainda vai ficar com a maior parte, para que a gestão possa ser feita por executivos contratados”, concluiu Poleza.
Ouça a entrevista com o diretor clicando abaixo.
Texto: Gabriel Fronzi
Foto: Beto Lima/ JEC.com.br