O Joinville realizou uma ‘live’ no Facebook na manhã desta segunda-feira (4) para divulgar as últimas ações do clube em meio à pandemia do novo coronavírus. Entre as principais medidas reveladas estão os cortes de salários e demissões, visando minimizar o impacto financeiro neste período sem futebol.
“Tudo aquilo que a Medida Provisória 963 permitia aos clubes e empresas, usamos nesse momento. Na questão do futebol profissional, especificamente, houve uma redução de 25% dos salários de todos os jogadores e membros da comissão técnica que recebem acima de R$ 3 mil”, revelou o diretor geral Luis Carlos Guedes.
Diferente do profissional, as categorias de base, segundo o clube, devem ficar paralisadas até o fim da temporada. E, por isso, os técnicos Pedro Medeiros (sub-20) e Juliano Juari (sub-17) foram dispensados.
Desta forma, os atletas do sub-20 serão integrados ao elenco profissional e o técnico Elizeu Ferreira, que estava no comando da equipe sub-14, vai liderar também os times sub-15 e sub-17 após o retorno.
Outros setores, como a área administrativa, também tiveram saídas de profissionais.
– Com essas e outras medidas, reduzimos praticamente um terço da nossa folha salarial geral. Era R$ 360 mil. Está ‘caindo’ R$ 120, R$ 130 mil – explicou Guedes.
A diretoria comunicou ainda algumas renovações, outras dispensas por fim de contrato e ausência de pagamentos de negociações e patrocinadores. Confira abaixo:
Renovações – Os goleiros Ivan e Dalberson e o volante Braga tiveram seus vínculos prorrogados até o fim da temporada – 31 de dezembro (saiba mais aqui).
Dispensas – Campestrini (Z), Ramirez (V), Lucas Sena (LD) e Gustavo (LE) foram liberados. Os atletas tiveram seus vínculos encerrados no último dia 30 de abril.
Permanência do Fernandinho – Ainda há esperança. Segundo o JEC, o jogador tem recebido várias sondagens, mas nada acertado. O atacante pertence ao Bahia, que pode achar o momento oportuno para negociá-lo. O Tricolor tenta na base da conversa manter o atleta para o restante da temporada, e não descarta um possível investimento.
Internacional, Ceará e alguns patrocinadores devendo – O Joinville previa a entrada de mais de R$ 1.2 milhão em seu fluxo de caixa em abril. Mas não aconteceu. Desse montante, R$ 680 mil (ainda) são referentes à venda do Anselmo e R$ 650 mil da negociação do goleiro Mateus (sub-20) com o Ceará.
“O que era pra ser o mês mais tranquilo para o nosso caixa, acabou sendo mais delicado por conta de ausências de pagamentos de negociações e patrocinadores”, descreveu Luis Carlos Guedes.
Segundo o clube, todos alegaram a crise por conta da pandemia para justificar o atraso. O Inter sequer passou nova previsão para quitar a dívida. O Ceará renegociou o pagamento para janeiro do ano que vem. E os valores dos patrocinadores são esperados nos próximos meses.
Campeonato Catarinense vai ser decidido no campo – É consenso entre os clubes. O diretor geral do Coelho relevou que, logo após a negativo do Governo para o retorno do Estadual em 16 de maio com portões fechados, dirigentes se reuniram com os líderes da Federação Catarinense de Futebol e da Associação de Clubes de SC e todos são à favor do campeonato estadual ser decidido no campo, como prevê o regulamento.
Retorno das atividades no CT – “Estamos aguardando a aprovação. Eu, particularmente, não vejo problema de voltarem os treinos seguindo todas as medidas previstas no protocolo de saúde já entregue ao Governo”, opinou Guedes.
Sem aval para reinício da competição, a FCF já enviou nova solicitação à pasta de saúde do Estado e aguarda resposta. A entidade busca ao menos a liberação dos treinamentos ainda em maio.
SC Clubes vai fornecer teste de Covid-19 – A Associação de Clubes de Santa Catarina se comprometeu a fornecer aos clubes os testes de Covid-19 – será comprado e repassado de forma gratuita.
Texto: Thiago Borges