Só um milagre irá evitar o rebaixamento do Basquete Joinville no Novo Basquete Brasil (NBB). Na noite desta quinta-feira, em Brasília, a equipe sofreu a 14ª derrota consecutiva na competição. O algoz foi o Brasília, que passou pelos joinvilenses com o placar de 98 a 90. Com o resultado, os joinvilenses continuam na última colocação e praticamente rebaixados no NBB. Starks, com 27 pontos, foi o cestinha do jogo.
O Joinville voltará à quadra apenas em 11 de março, em Joinville, diante do São José-SP, às 19h. Logo depois, no dia 15, o adversário será o Paulistano, no dia 15, às 19h, também em Joinville. Os joinvilenses ainda terão pela frente o Bauru, no dia 24, às 11h, e o Franca, no dia 26, às 20h. Estas duas partidas ocorrerão no interior de São Paulo.
O rebaixamento, por sinal, é uma questão curiosa. Pelo regulamento do NBB, o artigo 276 afirma: “a equipe que obtiver a última colocação na Fase de Classificação do NBB 2018/2019 estará automaticamente rebaixada para a Liga Ouro na temporada seguinte.”.
No entanto, este mesmo regulamento abre brechas. Uma delas é o artigo 278, que diz:
“Caso ocorram, conjuntamente, as duas situações seguintes: nenhuma equipe participante da Liga Ouro preencha os requisitos exigidos para participar do NBB CAIXA 2019/2020 e alguma equipe com vaga assegurada para o NBB CAIXA 2019/2020 desista de participar da competição e não consiga negociar sua vaga com outra equipe e aprovar essa transferência no Conselho de Administração da LNB em tempo hábil, o Conselho de Administração da LNB poderá, aseu exclusivo critério, optar por não rebaixar a equipe última colocada no NBB CAIXA 2018/2019.”
O artigo 279 abre outra brecha. No item “a” está escrito:
“Caso outra entidade, a CBB por exemplo, e não mais a LNB passe a ser responsável pela organização da Liga Ouro ou competição similar na temporada 2020, o Conselho de Administração da LNB, a seu exclusivo critério, decidirá: se a equipe última colocada na Fase de Classificação do NBB Caixa 2018/2019 será rebaixada ou não”
Ou seja, mesmo rebaixada na classificação do campeonato, existem chances de o Basquete Joinville disputar o Novo Basquete Brasil da próxima edição.
O jogo
Nesta quinta, a exemplo do que aconteceu diante do Basquete Cearense, o Basquete Joinville começou melhor no primeiro período. Com cinco acertos da linha dos três pontos (três deles de Starks), os joinvilenses construíram a vantagem de seis pontos. Houve ainda um bom desempenho na bola dos dois pontos (sete de dez arremessos), que refletiram nos 29 pontos no quarto inicial – 29 a 23.
O problema aconteceu no segundo período, no qual houve uma grande oscilação. Enquanto o Brasília manteve a regularidade – fez 22 pontos -, o Joinville marcou só 11. Insistiu nas bolas de três e acertou apenas duas em dez arremessos. Fez apenas quatro rebotes (três defensivos) e nenhum acerto da bola de dois pontos. Com 22 a 11, o Brasília terminou o segundo quarto à frente no placar: 45 a 40.
Apesar da diferença ser pequena, a regularidade dos donos da casa definiu o confronto. No terceiro quarto, o Joinville fez 27 pontos, mas o Brasília marcou 30 – o Brasília encaixou quatro bolas de três em sete tentativas e sete em 11 arremessos de dois. Teve ainda 80% de aproveitamento nos lances livres. Com isso, abriu mais três pontos de vantagem fechando o período em 30 a 27 e o placar em 75 a 67.
No último quarto, o Joinville arriscou mais da linha de três – dez tentativas. Chegou a encaixar quatro bolas, mas o Brasília teve eficiência em sete dos dez arremessos em lances livres, conseguiu mais duas bolas de três e aproveitou ainda alguns lances da linha dos dois para mais 23 pontos (mesmo número do Joinville) e fechar o placar em 98 a 90.
Texto: Elton Carvalho
Foto: Divulgação, NBB
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