Após votação tensa, JEC deve ter recuperação judicial aprovada; proclamação ocorre amanhã

Foto: Vitor Forcellini | Arquivo JEC

Depois de desentendimentos sobre a proposta apresentada, pausa extra para negociação e reviravoltas sobre votação, em assembleia com credores realizada nesta segunda-feira, o JEC deve ter a sua recuperação judicial aprovada. O encontro derradeiro foi realizado nesta tarde, de forma on-line, com duração de quatro horas, e muita tensão no ar.

Após discussão e votação, o Tricolor teve aprovação em duas das três classes de credores: trabalhista (I) e microempresas e empresas de pequeno porte (IV). Os débitos com credores quirografários (III) ainda será computado e o resultado divulgado nesta terça-feira, às 14h, com a proclamação final.

A medida se dá por que a contagem dos votos dessa classe tem peso relativo ao valor do débito. Ou seja, quem tem mais a receber, o voto tem peso maior; quem tem menos, o voto tem peso menor. Essa categoria engloba débitos de direitos de imagem, que foi a reviravolta durante o encontro, após advogados que representam ex-funcionários do clube não aceitaram a proposta inicial.

Em contato com o Dr. Felipe Lolatto, sócio do escritório Lollato Lopes Rangel Ribeiro Advogados, que representa o clube, o mesmo se mostrou confiante e disse que a aprovação deve ser confirmada e homologada amanhã, com maioria dos votos em todos as classes. Pela parcial divulgada nesta segunda-feira, o Joinville só não venceu na classe dos quirografários, cuja apuração está em andamento.

Com dívida de mais de R$ 21 milhões, os credores estão divididos em três classes: trabalhista, com aprovação de 51.43%, microempresas e empresas de pequeno porte, com 87.5% de aprovação, e quirografário, que a parcial apresenta apenas 41%, mas cujo os vencimentos estão sendo desmembrados para se chegar ao resultado final. É necessário 50% dos votos mais um para ser apreciado.

Quem conduz as tratativas entre credores e o clube é a Brizola e Japur, administradora judicial do processo, liderada pelo Dr. Rafael Brizola.

Texto: Thiago Borges