William Barbio jogou apenas 65 minutos pelo Joinville. A apagada passagem com apenas dois jogos em 2016 não deixou saudade para nenhum dos lados envolvidos. Barbio sequer havia sido aprovado nos exames médicos, mas mesmo assim teve a contratação efetivada pelo departamento de futebol daquela época.
Nos últimos dias, o meia venceu uma ação trabalhista de R$350 mil contra o clube, solicitando valores em salários, imagens, FTGS e outros. Com a situação financeira extremamente delicada, o JEC alegou que não tem como pagar o valor integral e propôs um parcelamento. O meia, atualmente no Boa Esporte, não aceitou e protocolou um pedido de congelamento nas contas da entidade até o pagamento do valor.
Na última quarta-feira, dia 21, o Desembargador Federal do Trabalho, Gilmar Cavalieri, concedeu um efeito suspensivo à solicitação do jogador, após consultar os últimos três balanços financeiros que demonstram os números negativos do Joinville na temporada 2018. O clube alegou que a penhora poderia acarretar um grave prejuízo ao andamento das atividades, gerando inadimplência com inúmeros credores e trabalhadores hoje vinculados.
A partir de agora, a fórmula de pagamento precisará ser analisada mais uma vez. A nova diretoria do JEC não se opõe em pagar o valor decidido em juízo, entretanto, precisa de uma alternativa válida que não comprometa a frágil situação financeira da entidade.
Ações trabalhistas seguem incomodando o Joinville deste o final do último ano. Além de antigos funcionários administrativos e das Lojas Toca do Coelho, ex-envolvidos no futebol também acionaram o clube recentemente. A lista possui nomes como Jaílton, Gabriel Vasconcelos, Juliano, Thiago Régis, Felipe Célia, Lisca, Bruno Batata, William Barbio, Thomás, Arturzinho, Heliardo, Reginaldo, Edigar Júnio, Fernando Viana, Edu Pacheco, PC Gusmão, Adilson Batista e outros.
Texto: Gabriel Fronzi
Foto: João Lucas Cardoso