A partir desta quarta-feira (28), os Jogos Paralímpicos de Paris reúnem os melhores paratletas de todo mundo e a delegação brasileira presente nas competições terá a presença de joinvilenses, dentre os nove catarinenses convocados: Edenilson Floriani, do atletismo, e os nadadores Mayara Petzold e Talisson Glock, que ajudarão o país na busca pela 400ª medalha no megaevento.
E para isso, a delegação brasileira será a maior para uma edição dos Jogos fora do Brasil, com 280 atletas no total. São 255 com deficiência, 19 atletas-guia (18 para o atletismo e 1 para o triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. Na história dos Jogos Paralímpicos, que teve sua primeira edição em Roma 1960, o Brasil tem um total de 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes, com 373 medalhas ao todo. Faltam 27 pódios para o número 400.
A maior equipe nacional fora de casa era de 259 convocados ao todo em Tóquio 2020. Já o recorde de participantes do país foi nos Jogos do Rio 2016, ocasião em que o Brasil sediou o megaevento e contou com 278 atletas com deficiência em todas as 22 modalidades já classificadas automaticamente. Em Paris, o Brasil estará representado em 20 das 22 modalidades. O país só não terá representantes no basquete em cadeira de rodas e no rugby em cadeira de rodas.
Conheça os joinvilenses:
Edenilson Roberto Floriani
Ao lado do seu técnico Eliandro Braz, Edenilson chega em Paris depois de ter conquistado o ouro no arremesso de peso e lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, bronze no arremesso de peso no Mundial Paris 2023; ouro no lançamento de dardo e arremesso de peso no Aberto da Colômbia 2018. Floriani irá competir na classe F42, para atletas com deficiência nos membros inferiores. Atualmente, ele treina no Centro Esportivo para Pessoas Especiais (CEPE), em Joinville.
Mayara Petzold
Aos 22 anos, Mayara defende, atualmente, o Praia Clube (MG) nas competições e mora em Uberlância. Porém, a natação faz parte da Mayara desde os quatro anos de idade, quando começou a dar as primeiras braçadas no clube C3, em Joinville. Com uma deficiência similar a nanismo (baixa estatura), Mayara começou a praticar natação por recomendação médica e só parou para cursar o técnico em enfermagem. Convidada pelo Praia, foi morar em Minas Gerais. Foi ouro nos 50m borboleta e no revezamento 4x50m medley 20 pontos, prata nos 400m livre, e bronze nos 50m livre e 200m medley nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; bronze nos 100m livre e nos 50m borboleta no World Series México 2023.
Talisson Glock
Em sua terceira edição de jogos e com um carreira vitoriosa, Talisson treina e compete pelo estado de São Paulo. Mas sua trajetória nas piscinas também começou por aqui, Centro Esportivo para Pessoas Especiais (CEPE). Nascido em Joinville, Em 2004, passou a se dedicar aos treinos de natação. Em 2008, competiu em alguns torneios e, em 2010, foi chamado para integrar a Seleção Brasileira. A lista de conquistas é extensa, incluindo ouro nos 100m livre, 400m livre e no revezamento 4x100m livre 34 pontos, prata nos 200m medley e bronze nos 100m costas nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; ouro nos 400m livre, prata nos 100m livre e no revezamento 4x50m livre e bronze no revezamento 4x100m livre no Mundial de Manchester 2023; bronze nos 200m medley e nos 400m livre no Mundial da Ilha da Madeira 2022; ouro nos 400m livre e bronze nos 100m livre e no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
Da redação.