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“Precisamos ter meio milhão de receita”, diz presidente do JEC visando sequência da temporada

Foto: Gustavo Mejía/JEC

Darthanhan de Oliveira, presidente do JEC, convocou uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, na Arena, para apresentar o planejamento do clube para a sequência da temporada. Em primeira entrevista pós-estadual, para falar de projetos, necessidades e mudanças, o mandatário tricolor enfatizou que a prioridade é a parte financeira.

Segundo ele, o clube necessita mais que dobrar o seu faturamento com patrocínios e com sócios para o restante do ano.

– O Joinville precisa ter meio milhão de reais de receita. É possível trazer R$ 250 mil de patrocinador, sim. E conseguir, sim, uma carteira de 5 mil sócios. E é em cima disso que vamos trabalhar – disse Darthanhan, ciente das dificuldades pelo time profissional estar sem calendário no momento.

Darthanhan não revelou o faturamento mensal clube, mas confessou que algumas cotas de patrocínios já foram adiantas para o Catarinense – ou seja, não entram mais no fluxo de caixa até o fim do ano.

Para atingir a meta financeira traçada, a diretoria tricolor readequou todo o plano comercial do clube, mapeou espaços no uniforme que ainda podem ser explorados e pretende abordar vários empresários nas próximas semanas, a começar pela presidente da Acij, a Margi, nesta quinta-feira.

– É prioridade agora a arrecadação de recursos. Todo o resto, se tem uma coisa boa agora, é que temos tempo para executar. Estudamos e identificamos 20 espaços na camisa para patrocínios. A gente tem sete hoje. Ou sejam, tem mais 13 que podemos buscar. Readequamos todo o plano comercial nosso, para uma realidade de mercado, competitiva, para que possamos atingir a receita que colocamos como objetivo lá em janeiro.

Paralelo ao trabalho com o grupo empresarial, os gestores do JEC vão manter e ampliar as ações de marketing visando aumentar a carteira de sócios, com o mote Joga Junto. “Atualmente temos dois mil sócios, mas uns mil que são adimplentes. Então vamos entendem nosso drama. Eles representam mais que 50% do nosso faturamento. Temos que melhor esses números. Precisamos chegar a 5 mil. Eu não vou desistir da ideia de que um clube como o Joinville não consiga ter 5 mil sócios”.

Neste intuito, como clube sem calendário, algumas ações estão sendo planejadas para fidelizar os atuais sócios-torcedores e ampliar a carteira associativa, como a Peladas dos Sócios, que retornou no último fim de semana, reestruturação do Clube do Coelho, além de outras ativações que ainda estão sendo pensadas.

Confira outros pontos importantes da entrevista:

Futebol profissional – contratação de executivo e treinador para a Copa SC:
R.:
Não tenho pressa em repor esses profissionais. Não é assunto nesse momento e nem prioridade agora. Não adianta nada eu pensar nisso se não sei quanto vou ter de receita até lá. É claro que isso a gente vai conversando em paralelo e muda com o passar dos dias. Mas é algo pra talvez daqui a 30, 45 dias.

Saída de Geraldo Campestrini, braço direito da diretoria desde o lançamento da chapa:
R.: Foi por incompatibilidade de ideias. Algumas coisas que já identificamos antes, mas durante o campeonato (Catarinense) era muito difícil tomar decisões e realizar mudanças assim.

Muda a forma de gestão do clube a partir disso ou será contratado um novo CEO:
R.: Entendíamos na ocasião que era o modelo ideal. E não tenho problema nenhum em falar que não deu certo. Então estamos mudando o organograma e vamos dar mais independência aos diretores. Antes as decisões estavam bastante centradas no CEO e muitas vezes os diretores perdiam a autonomia, já chegava o que era pra ser feito. Assim eles passam mais a ser peça fundamental no processo e ter responsabilidade em suas pastas.

Recuperação Judicial – o clube tem dinheiro para pagar a RJ se for homologada hoje?
R.:
Quando a RJ for homologada, é a primeira coisa a ser paga. Óbvio que é uma força de expressão. Estou exagerando. Temos planos para buscar esse valor. R$ 44 mil por mês, até o fim do ano, acho que conseguimos mobilizar um o grupo empresarial da cidade. Não quero jogar essa conta pra torcida.

Situação financeira:
R.: Nós tivemos, e talvez aí o Joinville tenha sido abençoado, várias vezes o que salvou o Joinville foram as receitas extraordinárias (valores de negociação de jogadores, como Chrystian, Antony, arrecadação de bilheteria, etc.). E foram valores que nos salvaram. Não é o ideal, mas foi o que nos segurou nesse momento de transição. Graças a essas receitas, junto com as ordinárias, conseguimos manter tudo em dia.

Base – “É um mito que o Joinville não tem futebol, está parado…”
R.:
O Joinville tem futebol o ano inteiro. O calendário profissional vai de janeiro a abril, e depois emenda a base, sub-15, sub-20, sub-17. E quando parar a base, volta o profissional. Então o ano inteiro eu tenho o que oferecer aos patrocinadores, esse tem sido um dos artifícios do Joinville. E manter a base é custoso. São três categorias. Três categorias que vão jogar a partir de agora o Campeonato Catarinense. Vão viajar semana que vem pra Concórdia e Chapecó. É hospedagem, alimentação. É custoso!

Abordagem comercial: o que vai entregar aos patrocinadores, qual a contrapartida do clube?
R.: Temos tudo traçado. A gente montou uma apresentação, e é obrigado a fazer. Nós tivemos patrocinadores chamando o Joinville pra conversar, vendo a possibilidade de não continuar. É normal. Então temos uma apresentação real do que essa diretoria executiva pretende fazer até dezembro. O que fizemos de janeiro a abril, que foi o período mais intenso de entregas em todas as áreas, e o que faremos de maio a dezembro.
Inclui na apresentação os impactos atingidos pelo clube com mídia tradicional, alcance digital e eventos. Além das maneiras de o clube manter as mesmas entregas até o fim do ano.

Texto: Thiago Borges

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