O dia 23 de março de 2023 vai ficar marcado na história do voleibol de Joinville. Com a classificação do Joinville Vôlei sobre o Araucária, nesta quinta-feira, o município volta a ter representatividade na principal divisão da modalidade no país após 14 anos.
A última vez que a Manchester Catarinense esteve presente na elite do vôlei brasileiro foi na temporada 2008/2009, pela Tigre/Unisul. Na época, a equipe perdeu um dos seus principais patrocinadores depois de ser eliminada nas quartas de final da Superliga e, sem respaldo de outros parceiros, o projeto deixou o município, se transferindo para São Paulo. Foram duas temporadas da Tigre/Unisul em Joinville — 2007/2008 e 2008/2009.
E o que há em comum entre os dois times? Giovane Gávio. Na primeira passagem, o bicampeão olímpico, atuando como coordenador e treinador da equipe, trouxe o projeto de Florianópolis para Joinville. Desta vez, o ex-jogador preferiu apenas o cargo de dirigente. É o presidente do clube e principal responsável, idealizador do time na cidade.
Diferente do projeto da década de 2000, o atual time leva o nome de Joinville. Nasceu em Joinville, literalmente do zero. É genuinamente joinvilense e não depende apenas de um (ou dois) patrocinador máster. O objetivo é ter vários investidores e não ficar preso a um único como na vez passada. O clube, inclusive, agora com o acesso, deve procurar novos apoiadores para reforçar a equipe.
A estreia, ou reestreia, de Joinville na Superliga A deve ocorrer em outubro, quando é previsto o início da temporada 2023/2024 do principal campeonato do voleibol do país. Mas antes, o time ainda disputa o título da Superliga B. A decisão, em partida única, está programada para a próxima quinta-feira (30), às 21h30, no Centreventos Cau Hansen. O adversário será o Monte Carmelo, que passou pelo Neurologia Ativa na outra semifinal.
Texto: Thiago Borges