Após um mês e meio de preparação, o Joinville vive a semana de expectativa pela estreia no Campeonato Brasileiro da Série D, diante do Novorizontino, neste sábado (19), às 17h, na Arena. Passada a eliminação no Campeonato Catarinense, a diretoria tricolor dispensou quatro jogadores, buscou dez reforços e assinou duas rescisões. Mas e os adversários do JEC? Como eles chegam para a competição nacional?
O Esporte Joinville buscou as informações e traz alguns detalhes dos rivais do Coelho. Dos sete, Caxias do Sul e São Caetano são os que vivem o melhor momento. O time grená fez ótima campanha no Campeonato Gaúcho, sendo vice-campeão, e manteve praticamente todo o time para o Brasileirão. Já o Azulão está classificado para a semifinal da Série A2 do Paulista. Veja mais detalhes das equipes abaixo.
– CAXIAS DO SUL
2ª colocado no Campeonato Gaúcho
8 vitórias
3 empates
4 derrotas
Como chega: O vice-campeonato Gaúcho valorizou ainda mais o elenco do Caxias. Todos os jogadores do time titular receberam sondagens, alguns até proposta. Mas os únicos que deixaram a equipe foram os zagueiros Laércio, que foi para o Santos, e Jean (reserva), dispensado. Ainda para a decisão do estadual, foram contratados os atacantes Claudinho (ex-Mirassol) e Marcelo Campanholo (Desportivo Brasil-SP). Depois, chegaram três zagueiros – Erik (ex-Veranópolis), Maílson (futebol de Bangladesh) e Rafael Goiano (ex-São José/RS) -, o meia-atacante Matheuzinho (ex-Figueirense) e o centroavante Geovane Gomes (ex-Remo). O time chega confiante pelo acesso, que seria o primeiro na história do clube.
Curiosidade: A equipe conta com quatro jogadores que já passaram pelo JEC: o goleiro Marcelo Pitol (2007/2008), os meias Carlos Alberto (2016) e Diogo Oliveira (2013) e o atacante Claudinho (2016), além do técnico Rafael Lacerda, que defendeu o Tricolor enquanto ainda atuava como zagueiro, em 2010.
Provável titular: André (Pitol); Ivan, Rafael Goiano, Thiago Sales e Bruno Ré; Juliano, Carlos Alberto, Claudinho, Diogo Oliveira e Bruninho; Marcelo Campanholo. Técnico: Lacerda.
– MARCÍLIO DIAS
7º colocado no Campeonato Catarinense
4 vitórias
4 empates
3 derrotas
Como chega: Manteve a base do estadual. Dispensou Jonathas (V), Fumaça (M) e Roberto Pítio (A). E, após o presidente cogitar desistência do campeonato, buscou um trio do Juventus de Jaraguá para reforçar o elenco: o meia Marllon, que o JEC, inclusive, tentou a contratação, o volante Mikael e o goleiro Hudson Júnior.
Curiosidade: O Marinheiro está voltando a disputar o campeonato brasileiro após sete anos. A última participação do time na Série D foi em 2013, quando estava na Segunda Divisão do Catarinense.
Provável titular: Belliato, Luís Renan, Magrão, Luan e Recife; Daniel Pereira, Diego Silva e Marllon; Anderson Ligeiro, Nathan e Hélio Paraíba. Técnico: Moisés Egert.
– NOVORIZONTINO
Eliminado na 1ª fase do Paulista e no primeiro mata-mata do Troféu do Interior
4 vitórias
7 empates
2 derrotas
Como chega: A equipe é a base que terminou o Paulista, mas com mudanças significativas principalmente no setor ofensivo. O time perdeu os atacantes Thiago Ribeiro (Chapecoense) e Jenilson (Cuiabá), por exemplo. E contratou oito reforços. Entre eles, quatro atacantes: Andrei, Deivid, Caio Monteiro e Matheus Rodrigues, a esperança de gols do time no torneio nacional. Também chegou o experiente goleiro Giovanni, ex-Atletico-MG, que estava no Aguá Santa, o zagueiro Caíque Oliveira, o volante Diogo Sodré e o meia Warley Júnior.
A aposta da equipe é na sua estrutura e consistência do sistema defensivo, o segundo menos vazado na primeira fase do estadual, que conta com o zagueiro Édson Silva, famoso pelas passagens por São Paulo e Figueirense, além de Bruno Aguiar (Z) e Oliveira (G), ambos campeões brasileiros pelo Joinville.
Curiosidade: O time tem ainda dois ex-JEC: Cléo Silva e Pereira, que, coincidentemente ou não, defenderam o Tricolor em 2016, contratados junto ao Novorizontino. A média de idade dos jogadores é de 26 anos, sendo que 10 deles têm menos de 22.
Provável titular: Giovanni; Willean Lepu, Bruno Aguiar e Caíque Oliveira e Paulinho; Adilson Goiano, Léo Baiano e Danielzinho; Deivid Souza, Cléo Silva e Guilherme Queiroz. Técnico: Roberto Fonseca.
– PELOTAS
12º colocado no Campeonato Gaúcho
2 vitórias
2 empates
7 derrotas
Como chega: Moralmente rebaixada à Segunda Divisão do Gauchão, só não efetivamente porque não houveram rebaixados devido à pandemia, o Pelotas é um incógnita para o Brasileiro. Pelo mal desempenho no estadual, a diretoria da equipe promoveu uma reformulação geral durante o campeonato regional, principalmente durante a paralisação. Somente cinco jogadores do começo da temporada permanecerem. Inclusive os técnicos Picoli e Luiz Carlos Winck já rodaram desde o início do ano. Para assumir o time chegou Ricardo Colbachini e, por indicação do treinador, uma barca de reforços. Uma mescla de jogadores jovens, da base de times de Série A, com outros mais experientes, como os meias Moisés e Itaqui, recentemente vistos na Série B. Depois do Gauchão, cinco novas contratações fecharam o elenco: o experiente goleiro Renan (ex-Inter e Goiás); os atacantes Sapeka e Marcão, que estavam no Esportivo-RS; o meia Maylson (ex-Grêmio, Figueirense, Criciúma e Chapecoense), recentemente no Novo Hamburgo-RS; e o zagueiro Gabriel Silva, ex-Marcílio Dias.
Provável titular: Renan, Moisés, Gabriel Silva (Fábio Alemão), Matheus Santana e Gabiga; Vini Garcia, Itaqui, Milla (Daniel Costa), Ariel, Juliano e Marcão. Técnico: Ricardo Colbachini.
– SÃO CAETANO
Semifinalista no Campeonato Paulista A-2 (em andamento)
9 vitórias
3 empates
5 derrotas
Como chega: Embalado pela boa campanha no estadual, que pode ser coroada com o acesso se vencer o mata-mata semifinal contra o XV de Piracicaba. Na última sexta, o time comandado por Alexandre Galo perdeu a primeira das cinco partidas que disputou depois da pausa no Paulista A-2 (se classificou nos pênaltis). A principal mudança no time para o Brasileiro pode-se dizer que aconteceu fora das quatro linhas: administrativa. Oficialmente, o São Caetano chegou a comunicar a CBF de uma provável desistência da Série D por dificuldades financeiras. Mas, depois disso, uma grande reforma política aconteceu no clube e o novo grupo de investidores que assumiu a agremiação está ajeitando a casa (financeiramente). Reforçando o elenco para Série D, o time fez 11 contratações, entre elas do volante Everton Dias, que já defendeu o Tubarão (2017 /2018) e o Brusque (2019) aqui no estado. O destaque técnico da equipe é o meia Anderson Rosa, camisa 10, que tem a responsabilidade de armar o time.
Curiosidade: Na década de 2000, o clube foi vice-campeão da Série A do Campeonato Brasileiro em 2000 e 2001 e também vice da Libertadores da América em 2002.
Provável titular: Luis Daniel, Alexandre Reinaldo, Domingos, Sandoval e Eric Di Maria; Everton Dias, Emerson Santos e Anderson Rosa; Ronaldo, Luan Costa e Joel Vinícius. Técnico: Alexandre Gallo.
– SÃO LUIZ
11º colocado no Campeonato Gaúcho
2 vitórias
2 empates
7 derrotas
Como chega: Com novo presidente, o ex-bancário Lauro Hassel, eleito nesta terça-feira. O clube manteve o técnico Antônio Picoli, que dirigiu o time nas últimas sete partidas no Gauchão. A campanha no estadual foi muito abaixo do esperado, o time terminou na vice-lanterna, sendo que em 2019 alcançou a semifinal. No elenco, mudanças significativas. O time perdeu todo o trio ofensivo: Michel (Criciúma), Jean Carlos (Operário-PR) e Elias (América-RN). Chegaram Germano (Aimoré-RS), o centroavante Eduardo e Jhonatan Ribeiro. Outros atletas também foram contratados, alguns por meio de parceria com o Coritiba.
Curiosidade: O time conta com dois ex-JEC: Itaqui e Everton Júnior.
Provável titular: Rafael Roballo; Itaqui, Sílvio, Jadson e Gabriel Araújo; Rafael Jataí (Tássio), Paulinho Santos, Germano e Everton Júnior (Lucas Crispim); Jhonatan Ribeiro e Juba.
– TUBARÃO
Rebaixado para a Segunda Divisão do Catarinense
1 vitória
3 empates
7 derrotas
Como chega: Com uma equipe extremamente jovem. Depois que perder os principais jogadores durante a pandemia, por dificuldades financeiras, o Peixe decidiu o playoff de descenso do estadual com o time praticamente da base. Para a Série D, a situação muda um pouco. Foram contratados oito reforços, ainda com média de idade baixa, entre 20 e 26 anos. Saíram mais cinco. O problema financeiro, porém, ainda continua. Por conta disso, é considerado um franco atirador na Série D.
Provável titular: Guilherme Boer; Natan, Vinícius Kuerten, Gutierrez e Edi; Eduardo Meurer, Zé Augusto, Alex Nemetz e Vico; Reginaldo e Kendy. Técnico: Isaque Pereira.
Texto: Thiago Borges