O Conselho Deliberativo do Joinville estará reunido hoje à noite, dia 24, para apreciação das contas referente ao exercício 2017. No encontro, os conselheiros terão uma noção sobre os problemas financeiros enfrentados pelo clube que tem uma dívida maior que R$35 milhões, um número muito acima dos R$26 milhões do último ano.
A reunião do Conselho terá início às 19h30, na sala Wetzel, na Acij.
O valor que será apresentado já inclui as provisões trabalhistas, visto que o clube acumula mais de R$10 milhões em reclamatórias em uma extensa lista nos últimos anos. Atualmente, o clube não divulga os balanços no Portal da Transparência, mas segundo recentes entrevistas do presidente Vilfred Schapitz, o valor da dívida neste ano é de R$800 mil, ocasionada pelo pagamento de muitos acordos e parcelamentos de gestões passadas.
“O déficit é alto. Hoje, se a gente não tivesse o passado, estaríamos em torno de R$800 mil em caixa. Porém, infelizmente, tem um passado e esse passado tem um outro passado. Ou seja, já vem de tempo. Nós já tivemos que tirar do caixa mais de R$1,6 milhão. Ou seja, temos uma falta no caixa de R$800 mil” – Vilfred Schaptiz, presidente do JEC, em entrevista à 89 FM, no dia 6 de abril.
A dívida do JEC teve um aumento considerável nos últimos anos. Em 2013, era de R$12 milhões, incluindo os encargos. Um ano depois, subiu para R$17 milhões e aumentou um milhão o ano seguinte. Em 2016, no primeiro ano da gestão Jony Stassun, a divida aumentou 44% e alcançou os R$26 milhões. Com a explosão nos números do balanço que será divulgado na reunião Conselho, a dívida do clube terá subido 94% nos últimos dois anos.
“Ainda não tive nenhum acesso aos números. Estou fora do Brasil, mas temos uma ação no Sindicato dos Atletas, sobre direitos de imagem, que a parte do JEC corresponde a R$5 milhões. Temos ações trabalhistas que representam mais de R$ 9 milhões. Mas, são contingências, que precisam ser bem avaliadas na forma como serão colocadas no balanço” – Jony Stassun, ex-presidente do JEC.
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Procurado pela reportagem, o atual diretor administrativo do Joinville, Alexandre Poleza, preferiu não se manifestar. Diferente de Edcarlos Natali, ex-superintendente geral do clube, que comentou sobre as informações acima.
“O prejuízo do ano de 2017 fugirá pouco dos R$6 milhões que orçamos em janeiro de 2017” – EdCarlos Natali.
Texto: Gabriel Fronzi e Charles Fischer
Foto: Beto Lima/ JEC.com.br
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