O presidente do Joinville, Vilfred Schapitz, esteve em Porto Alegre no início desta semana reunido com dirigentes do Internacional. Na pauta, o mandatário do Tricolor esperava alinhar a situação envolvendo o pagamento do volante Anselmo, visto que a primeira promessa do clube gaúcho era quitar o montante no início de outubro (leia aqui).
A nova proposta do Inter, no entanto, visava parcelar o valor destinado ao JEC, aproximadamente R$2,4 milhões em 30 vezes. Justificando o déficit de R$62 milhões na última temporada e o prejuízo de R$19 milhões neste ano, o Colorado ressaltou que não teria condições de repassar integralmente a parcela vinda do Al-Wheda, dos Emirados Árabes.
“Nós estamos com pouco prazo, expliquei isso pra eles. Temos as nossas contas que também estão atrasadas e precisamos honrar os compromissos”, disse Vilfred Schapitz.
Ciente da necessidade dos valores, o JEC exigiu o pagamento de 60% do valor até o final deste ano e o restante em até 10 parcelas, a partir de janeiro. O Tricolor aguarda a contra-proposta de Marcelo Medeiros, presidente do Inter, que estava em viagem e irá definir o assunto nesta terça-feira. Anselmo foi vendido ao clube árabe em junho por 3 milhões de euros, aproximadamente R$14,5 milhões na cotação atual.
Ainda hoje, a diretoria do Joinville estará reunida no início da noite para analisar a retórica gaúcha e definir o plano de ação. Sem novas receitas, os Coelho segue enfrentando antigos problemas: atraso nos salários dos atletas e funcionários, débitos com fornecedores e dificuldades para honrar compromissos parcelados.
Com os valores em mãos, a primeira alternativa é quitar uma guia pendente de R$ 96 mil para a obtenção da Certidão Negativa de Débitos, a CND, e posteriormente resgatar os valores da Timemania, aproximadamente R$ 400 mil.
Texto: Gabriel Fronzi
Foto: Al Wheda/ Divulgação
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