Nas últimas semanas, o Joinville foi condenado pela Autoridade Pública de Governança do Futebol (Apfut), após um descumprimento nas regras do Profut. O órgão subordinado ao Ministério do Esporte, recentemente abriu processos contra 10 clubes por falhas no Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro.
O motivo principal da irregularidade, é que o JEC, assim como Fluminense, Vasco, Paraná, Internacional, Vitória e outros três clubes, registraram déficits superiores ao limite de 10% sobre a receita do ano anterior.
No Tricolor, a receita operacional líquida de 2016 foi de R$ 29 milhões. Logo, o máximo de prejuízo do clube durante os meses da temporada seguinte poderia ser R$ 2.9 milhões. Entretanto, segundo balanço divulgado em abril, a dívida do clube em 2017 foi de R$14.5 milhões, com uma correlação aproximada de 50%.
Assim como os outros clubes, o Joinville ainda prepara uma defesa para a Apfut. Caso seja condenado, o clube pode ser excluído das duas próximas divisões do futebol brasileiro, além de perder o benefício do Programa e ter as dívidas fiscais agravadas.
No momento de adesão ao Profut, o JEC recebeu descontos em multas, juros e encargos, financiando uma dívida de pouco mais de R$300 mil. Se perder o benefício, o clube será executado em pagar mais de R$850 mil. Além disso, o problema pode aumentar, pois o Programa prevê um endurecimento na exigência a partir de 1º de janeiro, quando os déficits não poderão ser maiores que 5% em relação ao ano anterior.
Já apresentamos os documentos e estamos aguardando a análise para ver o que eles vão querer. Temos que apresentar as justificativas dos números e dos planos para uma correção a curto e médio prazo. Infelizmente, com o rebaixamento, não conseguimos reduzir as despesas em relação a arrecadação. – José Acácio Piccinin, diretor jurídico do Joinville.
Texto: Gabriel Fronzi
Foto: Beto Lima/ JEC.com.br
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